São Paulo, quarta-feira, 30 de julho de 1997
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Satisfação internacional; O perfil da vez; Sobe e desce; Oposição doméstica; Experiência própria; Safra azarada; Proposta insuficiente; Gazeta portenha; Garantia de poder; Acredite quem quiser; Fogueira das vaidades; Briga eleitoral; Negociação federal; Chiste católico; Visitas à Folha

Satisfação internacional
Malan convenceu FHC de que a hora de trocar Gustavo Loyola, que já queria sair, era agora. O governo, com Gustavo Franco no BC, reafirma a política cambial e prestigia a equipe econômica, reforçando a posição do grupo que criou o Plano Real.

O perfil da vez
Ao defender a privatização do Banco do Brasil e da Petrobrás, Gustavo Franco perdera para Chico Lopes a preferência junto a FHC para presidir o BC. Mas recuperou o cacife com a crise asiática e com as críticas de Serjão a Malan e a ele próprio.

Sobe e desce
Com Gustavo Franco no Banco Central, fica mais difícil o retorno ao governo de José Serra para pasta na área econômica.

Oposição doméstica
Ruth Cardoso tem acentuado ultimamente as suas tradicionais críticas ao comportamento de Sérgio Motta (Comunicações). Ela também acha que o ministro arranhou a autoridade de FHC.

Experiência própria
Jarbas Passarinho, ex-ministro de governos militares e civis, diz que incidentes como o de ontem no Ceará podem obrigar FHC a tomar atitudes mais drásticas. "Estamos perto do limite da ruptura da ordem. É o começo de uma convulsão social."

Safra azarada
Com a crise da PM no Ceará, caiu o último governo tucano a ficar livre de problemas políticos com instabilidade social. Todos do PSDB, os governadores de Minas, São Paulo, Rio e Pará já tiveram a sua dor de cabeça.

Proposta insuficiente
Lerner (PR) recebeu um último aceno de Brizola: se ficasse no PDT, teria muita chance de ser o candidato a presidente das esquerdas em 98. Não adiantou.

Gazeta portenha
Marconi Perillo (PSDB-GO) é um dos 16 deputados escolhidos para a Comissão Representativa da Câmara, que funciona como força de plantão neste período de recesso. Mas preferiu ir mesmo para Buenos Aires.

Garantia de poder
FHC pensa em indicar Serjão para dirigir a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), que fiscalizará e regulará o setor após a privatização. O amigo teria mandato de cinco anos em posto altamente poderoso e vital para o projeto político tucano.

Acredite quem quiser
O presidente prevê resistência do PFL ao nome de Serjão para a Anatel. Mas tentará dourar a pílula, alegando que o amigo ficaria restrito a uma área técnica.

Fogueira das vaidades
FHC apagou um princípio de incêndio ligando para Iris Rezende por volta das 13h ontem. O ministro da Justiça acha que José Gregori, seu subordinado, está quebrando a hierarquia ao aparecer como pai do projeto sobre a quebra de hierarquia das PMs.

Briga eleitoral
Em retaliação ao PSDB, o PFL já admite apoiar a tese do PMDB para divisão do tempo de TV em 98. O critério, que prejudica mais os tucanos, faz média entre o número de parlamentares eleitos em 94 e o tamanho das bancadas em 3 de outubro próximo.

Negociação federal
Antonio Kandir (Planejamento) e Ilmar Galvão (TSE) fecharam acordo ontem sobre liberação de verba para compra de urnas eletrônicas. As eleições de 98 deverão ter 50% de informatização. Em 96, a taxa foi de 32%.

Chiste católico
Quem telefonava ontem para a Cúria Metropolitana de São Paulo ouvia que a "gripe Requião", aquela que começa forte e termina fraca, pegou todos os padres.

Visitas à Folha
O secretário de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras do Estado de São Paulo, Hugo Marques da Rosa, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado do secretário-adjunto, Antonio de Padua Perosa; do superintendente de Marketing da Sabesp, Luis Carlos Neto Aversa, e da assessora de comunicação, Maria Monserrat Padilha.
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O presidente da Fundação Cesp, Henrique Waksman, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado do assessor Nicodemous Pessoa.

TIROTEIO
Do bispo de São Félix do Araguaia (MT), dom Pedro Casaldáliga, sobre a crise das PMs:
- É o frenesi do neoliberalismo que provoca isso. A moeda real é uma. E o país real é outro.

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