São Paulo, quarta-feira, 30 de julho de 1997
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Incêndio destrói lanchonete em SP

LUCIANA SCHNEIDER
DA REPORTAGEM LOCAL

A lanchonete Black and White, na rua 24 de Maio, centro de São Paulo, ficou totalmente destruída após um incêndio que durou cerca de meia hora.
Duas cozinheiras e um dos sócios do local, Gilvan, sofreram queimaduras leves.
Segundo o síndico do prédio, Airson Carlos Nascimento, 62, o fogo começou quando uma das cozinheiras foi trocar o botijão de gás perto das chamas das bocas do fogão.
Como na hora da troca de um botijão sempre escapa um pouco de gás, o fogo se alastrou para cima do fogão e para toda a lanchonete rapidamente.
O acidente ocorreu por volta das 14h e mais de 20 pessoas estavam almoçando no balcão da lanchonete, que fica no 1º andar. Nenhum cliente ficou ferido.
Na mesma hora, o Corpo de Bombeiros foi acionado pelos condôminos do prédio e 19 carros chegaram ao local.
Na semana passada, um incêndio ocorreu no mesmo condomínio, no 18º andar, devido a uma vela deixada acesa por um morador.
O condomínio é formado por quatro edifícios com 500 unidades. O edifício Apolo, onde ocorreu o incêndio, possui cem unidades de comércio, como colégios, imobiliárias, escritórios de advocacia e de dentistas.
A subsíndica do condomínio, Maria Lúcia Pereira, 35, disse que há sempre palestras sobre como trocar um gás de cozinha, mas que de mil condôminos somente dois ou três aparecem.
"Se as pessoas fossem a essas palestras, elas saberiam como agir numa hora dessas e, principalmente, saberiam que um botijão não explode."
Nascimento disse que quem apagou a maior parte do fogo foi a brigada do prédio, que logo foi pegando os extintores.
Isso porque os bombeiros demoraram para chegar ao local devido aos vários camelôs que existem na rua 24 de Maio.
"Os bombeiros demoraram 20 minutos para chegar aqui por causa dos camelôs. Até eles tirarem todas as coisas demorou muito. Se o incêndio fosse maior, as consequências poderiam ter sido piores", afirmou Nascimento.
O síndico afirmou ainda que irá entrar em contato com a administração regional hoje para que "ela dê um basta nessa situação dos camelôs".

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