São Paulo, quarta-feira, 30 de julho de 1997 |
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Armas entram pelo Paraguai
DA SUCURSAL DO RIO As armas contrabandeadas em poder de traficantes e policiais do Rio são originárias, principalmente, do Paraguai.A passagem ilegal pela fronteira paraguaia de armas como fuzis, pistolas automáticas e metralhadoras foi o tema de reportagens publicadas pela Folha em setembro do ano passado. As armas entram por Ponta Porã (Mato Grosso do Sul), município que é separado da cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero por uma avenida. Não há barreiras de fiscalização entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã. Pela fronteira seca entre os dois países passam algumas das armas preferidas dos policiais e traficantes cariocas, como os fuzis AR-15, FAL, AK-47 e Mini Ruger 14. A venda de armas pesadas nas lojas de Pedro Juan Caballero é proibida, mas a lei vale pouco na região. Sem maiores problemas, o interessado encontra a arma que quiser na área comercial de Pedro Juan Caballero. Na cidade paraguaia, um AR-15 custa US$ 2.500. O fuzil Mini Ruger 14 vale US$ 1.200. Há munição de todos os calibres e preços nas lojas e até nos camelôs que lotam as ruas de Pedro Juan Caballero. Em setembro de 96, os EUA proibiram a exportação de armas para o Paraguai. A medida foi tomada a pedido do governo brasileiro. As armas norte-americanas entravam clandestinamente no Brasil. Relatório da Polícia Federal em janeiro 96 informava que até armas fabricadas no Brasil para exportação estavam reingressando no país pelo Paraguai. Texto Anterior: PF investiga a participação de agente em venda ilegal de fuzil Próximo Texto: Fuzis AR-15 não são armas pesadas Índice |
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