São Paulo, quinta-feira, 31 de julho de 1997
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Desemprego aumenta para 6,09% em junho

CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

A taxa de desemprego medida pelo IBGE em seis regiões metropolitanas de capitais brasileiras chegou a 6,09% em junho, com ligeira alta em relação aos 6% de maio. Em junho de 96, a taxa havia sido de 5,92%.
O desemprego médio do primeiro semestre ficou em 5,74%, abaixo dos 5,86% registrados no primeiro semestre de 96. A população ocupada cresceu 1% na comparação semestral.
Os números do IBGE mostram que, com exceção de abril, a taxa de desemprego nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio, São Paulo e Porto Alegre apresentou curva ascendente ao longo de todo o primeiro semestre, partindo de 5,14% em janeiro para 6,09% em junho.
Em fevereiro, a taxa foi de 5,55%, pulando para 5,97% em março e caindo para 5,75% em abril. No mês de maio, a taxa retomou o movimento de ascensão, subindo para 6%.
O aumento da taxa de desemprego em junho foi consequência de um aumento de 13.878 pessoas na população desocupada nas seis regiões onde é feita a pesquisa. O total passou de 1.042.965 para 1.056.843 pessoas. Em junho do ano passado, o total era de 1.026.841 pessoas.
A pesquisa do IBGE mostrou também que a população ocupada nas seis regiões apresentou queda de 41.681 pessoas, passando de 16.334.324 em maio para 16.292.643 em junho.
Houve também ligeira redução (cerca de 29 mil pessoas) na população economicamente ativa -o total de pessoas empregadas ou procurando emprego.
A estatística do IBGE mostra melhoria no número de empregos formais (com carteira assinada) em junho, tanto em comparação a maio como em relação a junho do ano passado.
No primeiro caso, houve um aumento de 44.842 vagas formais. No segundo, o aumento foi de 85.742. O total de empregados com carteira assinada no final de junho deste ano era de 7.609.679 pessoas.
Por região pesquisada, os números mostram que a maior taxa de desemprego registrada em junho foi a de Salvador, com 7,61%. A menor foi a do Rio, com 3,71%.
Em São Paulo, a taxa foi de 7,05%, abaixo apenas da de Salvador e da de Recife (7,33%). Embora com a taxa mais alta, Salvador registrou a maior queda do desemprego em relação a maio, quando o índice havia sido de 8,33%.
A outra taxa regional declinante foi a do Rio, que havia sido de 3,78% em maio.
O IBGE mostrou também ontem que o rendimento médio das pessoas ocupadas nas mesmas seis regiões cresceu em maio cerca de 2,5% em relação a abril e 2,2% em relação a maio do ano passado.
O aumento do rendimento em maio foi influenciado pela elevação do salário mínimo.

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