São Paulo, quinta-feira, 31 de julho de 1997![]() |
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Argentina condena Cavallo a 4 meses Pena será cumprida em liberdade FERNANDO GODINHO
O juiz Rodolfo Canicoba Corral, que ditou a sentença, não determinou a inabilitação de Cavallo para exercer cargos públicos. Por isso, sua candidatura a deputado nacional, na eleição de outubro, não será afetada. O advogado Jorge Kolon, ex-funcionário da Administração Nacional da Alfândega, acusou Cavallo. Em 1994, ainda como ministro da Economia, Cavallo citou Kolon em um programa de televisão como um exemplo de funcionário público a impedir o combate à corrupção na alfândega. A declaração impediu que Kolon fosse nomeado juiz da Corte Penal. Kolon se sentiu caluniado e processou o ex-ministro. O julgamento começou no dia 8 de julho. Na Justiça existem outros 20 processos contra Cavallo, com acusações de má gestão pública e enriquecimento ilícito, além de calúnia, injúria e difamação. Ontem, Cavallo anunciou que irá solicitar a anulação da sentença. Seus advogados alegam que a causa transitou durante o recesso judicial, o que seria irregular. Eles também dizem que o processo deve ser anulado porque Kolon xingou Cavallo no rádio de "filho da puta" (essa declaração do advogado lhe tiraria o direito de processar Cavallo por injúria e calúnia). Cavallo também atacou o presidente da Argentina, Carlos Menem, para quem trabalhou entre 1991 e 1996. Para ele, Menem "está por trás" da sua condenação e o processo está "relacionado com a campanha política". Ele diz que o presidente não tem "autoridade para comandar a luta contra a corrupção". Cavallo também acusou a Justiça, afirmando que as sentenças são aplicadas "ao contrário". Para ele os delinquentes estão soltos, e as pessoas que os denunciam vão para a prisão. Texto Anterior: Rainha esnoba Tony Blair Próximo Texto: Reino Unido prende o seu "Dr. Morte" Índice |
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