São Paulo, sexta-feira, 1 de agosto de 1997
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Secretário da Segurança ameaça punir policiais civis em greve

DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

O secretário da Segurança Pública de Pernambuco, Antônio Morais, deu prazo até a próxima segunda-feira para que os policiais civis em greve reabram o IML (Instituto de Medicina Legal) e o IC (Instituto de Criminalística).
Morais disse que, se isso não acontecer, a partir de terça-feira porá em prática "um plano de emergência", que, entre outras coisas, terá "medidas punitivas" contra os grevistas. Ele não quis informar qual era o plano nem quais seriam as medidas.
Independentemente da reabertura dos institutos, o governo de Pernambuco já anunciou que vai aplicar pelo menos duas punições contra todos os grevistas.
A primeira será o desconto dos dias parados. A segunda, o afastamento de cargos de chefia dos policiais civis que estiverem em greve. Cada delegacia possui cinco chefias.
O vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Henrique Leite, disse que a categoria "não se intimida com ameaças" e que a greve "vai continuar".
Segundo Leite, o IML e o IC "permanecerão fechados". A partir de hoje, segundo ele, grevistas farão plantão diante dos dois institutos para impedir a reabertura.
O IML e IC estão fechados desde o início da greve, há 15 dias. Com isso, a apuração dos homicídios e a realização das necropsias "estão prejudicadas", segundo Morais. As necropsias estão sendo feitas em dois hospitais de Recife.
Os policiais civis reivindicam aumento do piso de R$ 74,21 para R$ 130, o que provocaria aumento de cerca de 75% nos salários. Um policial civil em início de carreira recebe R$ 359, segundo o sindicato.

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