São Paulo, sexta-feira, 1 de agosto de 1997 |
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Covas baixa decreto sob crítica da UDR EDMILSON ZANETTI EDMILSON ZANETTI; JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
O decreto será assinado hoje pela manhã em Teodoro Sampaio (710 km a oeste de SP). É a principal cartada do governo para tentar resolver o problema fundiário no Pontal do Paranapanema (extremo oeste de São Paulo). O ato estabelece que fazendeiros de áreas de domínio indefinido abram mão de 30% a 70% da terra para fins de reforma agrária, em troca da regularização definitiva do restante. Com a medida, o Estado pretende arrecadar cerca de 70 mil hectares de terra, que serão usadas para assentar até 3.000 famílias. "O Pontal não é um balcão de turco nem de negócios para ser negociado de acordo com o governo de plantão", disse Santos. O dirigente ruralista defende adoção de política empregada no governo militar, quando o Estado legitimou algumas fazendas em troca de 10% da terra nua. O dirigente do MST Gilmar Mauro disse que "o decreto é um caminho, mas não resolve". "Queremos saber como vai se viabilizar na prática, queremos metas, prazos. Achamos que tem de haver desapropriação também de terras privadas". Cerimônia Segundo Walter Gomes, 34, coordenador estadual do MST, cerca de 2.000 pessoas, entre assentados e acampados, foram convocados para acompanhar a cerimônia do lado de fora do clube Taquaruçu. Eles iriam em ônibus cedidos pelas prefeituras. Devem participar da cerimônia de hoje o ministro Raul Jungmann (Política Fundiária), o superintendente do Incra, Milton Seligman, o secretário da Justiça de São Paulo, Belisário dos Santos Jr., e a coordenadora do Itesp (Instituto de Terras de São Paulo), Tânia Andrade. Colaborou José Ernesto Credendio, da Agência Folha, em Presidente Prudente Texto Anterior: STEDILE X JUNGMANN Próximo Texto: Governo vai comprar áreas em cinco Estados Índice |
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