São Paulo, sexta-feira, 1 de agosto de 1997
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PF muda posição de passageiros

DA REPORTAGEM LOCAL

Baseada em depoimentos de passageiros e na reconstituição, realizada anteontem, da explosão no interior do Fokker-100 da TAM, a Polícia Federal passou a afirmar que os passageiros Fernando Caldeira de Moura (única vítima fatal do acidente) e Leonardo Teodoro de Castro (principal suspeito) não estavam sentados nos locais anteriormente divulgados.
Até o início da semana, a informação era de que o empresário Moura estava sentado na poltrona 18E, ao lado do epicentro da explosão (18D), e o professor Castro, na fileira de poltrona 14, conforme seu depoimento à PF.
No entanto, após ouvir outros passageiros, a PF concluiu que Moura estava sentado em uma fileira atrás (poltrona 19E). Ele estaria sem cinto de segurança, por isso foi jogado para fora do avião.
No momento da explosão, Castro estava na poltrona 17C, à frente e muito próximo do artefato explosivo. Durante a reconstituição, a PF confeccionou um croqui com a movimentação dos passageiros antes, durante e após o acidente.
Alguns peritos ouvidos pela Folha contestam a nova versão para o posicionamento de Moura. Se estivesse mesmo na poltrona 19E, segundo eles, não haveria como o empresário ser jogado para fora, pois, com o impacto da explosão, ele seria pressionado para o encosto do banco.
Além disso, com a velocidade do avião, o vento que passou a entrar pelo buraco aberto na fuselagem empurraria Moura para trás.

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