São Paulo, sexta-feira, 1 de agosto de 1997 |
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Compra de vinho deve ser retomada Determinação de juíza ainda não foi cumprida SUZANA BARELLI
O não cumprimento da medida judicial caracteriza crime de desobediência e a juíza pode, inclusive, determinar a prisão da autoridade, segundo o advogado Ives Gandra Martins. Há uma semana, a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) entrou com ação ordinária de pedido de tutela antecipada solicitando o fim de valores mínimos e máximos na importação de vinhos. A juíza Rosana Ferri, da 10ª Vara Civil Federal, concedeu a tutela antecipada, que não foi cumprida. É que uma instrução normativa da Decex/Sedex (Departamento de Comércio Exterior da Secretaria de Comércio Exterior, órgão do Ministério da Indústria e Comércio) estava proibindo a emissão de guias de importação para lotes de 12 garrafas de vinho com preço inferior a US$ 25 a caixa. Na prática, a medida -que não foi publicada em órgão oficial- atinge cerca de 70% do mercado de vinho importado, segundo cálculos dos importadores. Para os consumidores, a medida atinge os vinhos que chegam a custar até R$ 15, em média. Levantamento da Abrabe concluído ontem mostra que 45 associados tiveram problema com a liberação de guias. "A liminar simplesmente não foi cumprida", diz Fabricio Fasano, presidente da Abrabe. A Folha apurou junto à Secretaria de Comércio Exterior que não existe nenhuma circular que limite a concessão de LI (licença de importação) para vinhos, de acordo com o valor da garrafa. De fato, nenhum texto foi publicado no "Diário Oficial" da União durante este ano com essas regras. Fiscais da Receita Federal, entretanto, declararam à Folha que as limitações estão sendo praticadas pelo MICT. Também afirmaram que a circular é considerada "secreta". Colaborou a Sucursal de Brasília Texto Anterior: Bolsa lidera, apesar das fortes oscilações Próximo Texto: Importador critica portaria Índice |
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