São Paulo, sexta-feira, 1 de agosto de 1997 |
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Miranda é suspeito de simular assalto
SERGIO TORRES
O delegado-titular da 9ª DP, Jamil Bughi, disse ontem à Folha que, apesar de considerar remota a hipótese de Miranda (vice-presidente de futebol do Vasco) ter forjado o assalto, investiga a suspeita. "É a hipótese mais remota, mas não está descartada. Temos que ver a questão sob todos os ângulos", afirmou o delegado. O assalto a Miranda teria ocorrido no domingo, após o jogo Vasco e Flamengo (1 a 0), no Maracanã. Miranda disse que saiu do estádio com a parte da renda do jogo destinada ao Vasco -calculada por ele em R$ 75 mil. Segundo o dirigente, o assalto aconteceu em frente ao edifício onde mora, na rua Coelho Neto, em Laranjeiras (zona sul). Miranda estava acompanhado por cinco seguranças particulares. Mesmo assim, quatro ladrões armados com fuzis o teriam assaltado, fugindo com o dinheiro (no Santana branco placas LJI-9360) sem reação dos seguranças. Antes de fugir, os assaltantes teriam disparado três tiros para o chão e para o alto. A 9ª DP sabe desde segunda que o Santana não consta da lista de carros roubados. Segundo o delegado, é de uma moradora de Copacabana. Mas só ontem à tarde uma equipe foi enviada ao endereço. Até o início da noite, os policiais não haviam retornado à DP. "Demorei a mandar uma equipe porque o computador da polícia é lento. Esperei para ver se entrava algum registro dizendo que o Santana era roubado", afirmou Bughi. Eurico Miranda reagiu com indignação à suspeita. "Essa linha de investigação é imbecil. Vou interpelar esse delegado. Vou responsabilizá-lo", afirmou. Miranda disse não compreender como passou de vítima a possível suspeito. "Para que eu forjaria isso? Para aparecer? Não é. Não posso aparecer mais do que apareço. Para ficar com o dinheiro? É brincadeira!" Texto Anterior: Palmeiras aumenta concentração do time Próximo Texto: Equilíbrio deixa Cruzeiro perto do título Índice |
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