São Paulo, domingo, 3 de agosto de 1997 |
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Especialista questiona eficácia
MAURO TAGLIAFERRI
"A flotação é uma técnica muito conhecida. O problema é recolher o lodo na superfície do rio. Não sei se funcionaria", declarou. Para ele, o projeto do governo estadual é "paliativo". "A solução é construir estações de tratamento de esgoto. Até hoje, os coletores não chegam até (a estação de) Suzano. É uma perda econômica muito grande deixar um investimento assim parado", disse ele. Mesmo que funcione, a flotação nos rios Pinheiros e Tietê não acontecerá durante o ano inteiro, mas só nos períodos de estiagem. Isso porque cada estação suportará uma vazão de 60 mil litros por segundo, superada nas épocas de cheia. "Quando chove, o esgoto é diluído, o que propicia uma melhoria automática da água", disse João Carlos de Oliveira, diretor da DT Engenharia, empresa que desenvolveu o projeto da flotação. Já durante a seca, a vazão do Tietê chega a cair a 20 mil l/s. Para baratear o funcionamento da flotação nos rios, a intenção dos técnicos é usar o lodo extraído da estação de tratamento de Barueri, rico em cloreto férrico, para dele retirar a substância coagulante que provoca a flotação. O projeto também prevê o uso da água limpa dos próprios rios nos compressores que injetarão ar e água na bacia de flotação. (MT) Texto Anterior: Segunda fase do Projeto Tietê dá prioridade ao rio Pinheiros Próximo Texto: Problemas básicos de saúde pioram índices Índice |
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