São Paulo, domingo, 3 de agosto de 1997 |
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Golfe ajuda a dar tacada nos negócios
SUZANA BARELLI
Quando o assunto é golfe, esses executivos são capazes de conversar horas ininterruptas, discutir sobre os melhores campos, nacionais ou internacionais, e, de quebra, trocar idéias e informações sobre o mundo empresarial. "Sessenta por cento do PIB mundial joga golfe. É natural que o esporte ajude nos negócios", diz Richard Conolly, 48, presidente da Price Waterhouse, que começou a brincar com os tacos quando tinha apenas três anos. Conolly diz que já abriu muitas portas durante as quatro horas em que dura uma partida. "O campo é um ambiente desarmado para começar a conversar, não há a armadura do escritório", diz. Se o assunto evolui, ele marca uma conversa para o dia seguinte, no escritório. Eudes de Orleans e Bragança, atual presidente da Confederação Brasileira de Golfe, conta histórias parecidas. "Já consegui contratos de representação para o Brasil durante partidas em outros países." Uma vez, diz, jogou com o presidente do grupo Time Life, um dos maiores da área de comunicação. Ficaram amigos. "Fui a seu escritório, e ele disse que era maravilhoso suspender o trabalho para apenas conversar sobre o esporte." Fernando Pinto de Moura, 55, diretor-geral do Banco Real de Investimentos, chegou ao golfe há nove anos, depois de patrocinar diversos campeonatos. "No passado, cheguei a promover encontros semanais com clientes em campos de golfe. É uma forma de estreitar contatos." Atualmente, o esporte faz parte de sua vida: "Quando viajo, fico pensando se levo ou não a bolsa do golfe". Fama de elitista Com fama de elitista, o golfe reúne cada vez mais representantes do empresariado brasileiro. Olavo Setubal Júnior, 44, vice-presidente corporativo da Itaú Seguros, chegou ao esporte há dois anos. Ele diz que já deu a primeira tacada para um grande contrato de seguro industrial num campo em Laranjeiras (condomínio próximo a Parati, RJ). Filhos de empresários que gostam do esporte também costumam seguir o mesmo caminho. "Comecei porque meus pais jogavam", diz Pedro Garcia de Souza, 14, filho de Márcio Garcia de Souza, diretor financeiro das Lojas Americanas. Texto Anterior: Motorista cuidadoso economiza na hora de renovar a apólice Próximo Texto: Esporte muda agenda de trabalho Índice |
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