São Paulo, domingo, 3 de agosto de 1997
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Bateria acelera Nelson Ferreira no Mundial

FERNANDA PAPA
DA REPORTAGEM LOCAL

Especialista no salto em distância, Nelson Ferreira, 24, voltou da Olimpíada de Atlanta arrasado. Sofreu uma lesão na coxa direita, logo no primeiro salto, e ficou longe das pistas pelo resto de 1996.
Sem treinar, decidiu realizar um sonho antigo: ser músico.
Ele já pensa em gravar um CD, quando voltar do Mundial de Atenas, em que hoje salta a eliminatória. Ele é um dos dez melhores do mundo em sua categoria.
Recuperado das lesões, acha que tem chance de fazer um bom trabalho. "Treinei normal no último mês e espero não ter problemas de novo", disse o paranaense, que treina e mora em Presidente Prudente, interior de São Paulo.
Na música, é baterista. Aprendeu a tocar no ano passado e logo já estava escrevendo letras para as baladas e rock'n rolls de sua então criada banda, Lorraynne.
Legião Urbana, Scorpions e Nirvana inspiram os cinco músicos do grupo.
"Agora sou outro cara. Se não tivesse me machucado na Olimpíada, não teria entrado na música. O atletismo é minha paixão, mas a música me ajuda a aliviar a tensão do esporte", diz Ferreira.
Seu conjunto tem 15 músicas prontas e apenas uma gravada. Por algum tempo, a canção esteve entre as mais pedidas de uma rádio de Presidente Prudente, só perdendo para Titãs e Legião Urbana.
"Quando voltar do Mundial vou procurar uma boa gravadora. Ultimamente só tenho pensado em atletismo. Sei que se eu chegar à final, poderei brigar por medalha."

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