São Paulo, domingo, 3 de agosto de 1997
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Micro tem novos planos de seguro

Simpi cria seguro coletivo

SIMONE CAVALCANTI
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Assegurar o patrimônio da empresa não é privilégio de multinacionais ou grandes instituições. A adesão de micro e pequenos aos seguros empresariais cresceu.
Segundo levantamento feito pela Fenaseg (Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização), de janeiro a abril deste ano a procura por seguros cresceu cerca de 10%, em relação ao mesmo período de 1996. A Fenaseg estima que, até o final de 1997, a expansão chegue a 20%.
A Folha apurou que o Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria de São Paulo) está finalizando um projeto de apólice coletiva para microempresas.
O produto deve ser lançado ainda em agosto e visa reverter a curva de mortalidade desses negócios.
O projeto é uma parceria entre o Simpi e a seguradora Icatu Hartford e visa atender os micro e pequenos empresários por meio de um pacote de mil lotes de apólices.
Cada lote cobrirá patrimônios de até R$ 100 mil. Caso o empresário precise de uma cobertura maior, ele poderá comprar outro lote.
Esse pacote engloba seguros de vida de funcionários, patrimônio, saúde e profissionais e pode ser montado de acordo com a necessidade do empresário.
Para Walther Dorighelo, 49, diretor do centro de negócios, a sobrevivência das micro está relacionada ao seguro do patrimônio. "O produto dá ao empresário condições de sustentar a empresa se houver algum incidente."
Diversificação
Na expectativa de conquistar outros segmentos, as companhias de seguros começam a implantar novos produtos para chamar a atenção dos empresários.
É o caso da AGF Brasil Seguros, que já faz produtos voltados para empresas que tenham patrimônio de até R$ 4 milhões.
O diretor da área de produtos da AGF, Arlindo Simões, 45, diz que há cerca de cinco anos o mercado não permitia a diferenciação de produtos.
Segundo ele, hoje, as seguradoras têm mais liberdade para trabalhar com vários tipos de apólice.
"Isso contribui para que o empresário possa ser atendido em cada uma das suas necessidades."
Responsabilidade
Além das proteções convencionais, e mais procuradas, como cobertura de incêndio e roubo, a AGF também faz o seguro de responsabilidade civil.
Simões afirma que o interesse do empresariado brasileiro por esse tipo de seguro está crescendo.
Para ter uma idéia, nos EUA uma empresa não é aberta sem antes ter uma apólice de responsabilidade civil. Isso porque os danos causados em consumidores, ou pessoas que circulam na empresa, podem originar um processo de indenizações com cifras milionárias.
"No Brasil, as pessoas estão se conscientizando de que é preciso assegurar tudo que diga respeito ao patrimônio da empresa", diz.

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