São Paulo, domingo, 3 de agosto de 1997
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Record "mata" padre e põe pastor no lugar

Emissora investe R$ 1,7 milhão em sua nova produção

DANIEL CASTRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Em "Do Fundo do Coração", minissérie de 60 capítulos que estréia na segunda quinzena deste mês, a Rede Record retoma o merchandising evangélico que marcou suas primeiras produções teledramáticas -"A Filha do Demônio" e "Olho da Terra".
A nova minissérie se passa em um vilarejo de pescadores, a fictícia Canoa do Bagre. A sinopse previa que o lugar teria um líder religioso, inicialmente um padre católico. Como a emissora é ligada à Igreja Universal do Reino de Deus, o padre deu lugar -ou melhor, a vida- a um pastor.
"Para não criar caso com ninguém (com a Igreja Universal), resolvemos que o padre morre, chega um pastor no vilarejo e toma posse da igreja", diz o diretor-geral Attílio Riccó, 56.
O ator Fernando Kojin, 31, que viverá o pastor Luiz, confirma que inicialmente iria interpretar um padre. Mas ele diz que a mudança ocorreu para que pudesse formar par romântico com a personagem Marlene da Paz.
Segundo a sinopse do texto de Ronaldo Ciambrone, o pastor -"um homem jovem, simples e moderno, um missionário"- será responsável pelo "final feliz" da trama. Irá acabar com as intrigas e a desordem, "plantando uma semente que germinará a paz em Canoa do Bagre".
"Do Fundo do Coração" deve marcar também uma melhora na qualidade das minisséries da Record. A emissora está investindo R$ 1,7 milhão na produção.
Cada capítulo da minissérie custa em média R$ 28 mil, mais que o dobro dos R$ 13 mil de "A Filha do Demônio" -na Globo, cada capítulo de novela custa, em média, cerca de R$ 60 mil.
O elenco tem 36 atores -entre eles Othon Bastos e Gianfrancesco Guarnieri e, pela primeira vez, a emissora construiu uma cidade cenográfica. A "vila" fica em Bertioga (litoral de São Paulo).
No primeiro capítulo da minissérie, a Record esboça uma "superprodução", com tomadas aéreas, incêndios e até a explosão de um barco no mar -que custou, sozinha, R$ 25 mil.

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