São Paulo, domingo, 3 de agosto de 1997
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TV do futuro ganha inteligência e amplia leque de serviços ao usuário

ELAINE GUERINI
DA REPORTAGEM LOCAL

A era digital promete deixar o televisor convencional tão obsoleto quanto o gramofone. No futuro, o aparelho ganha inteligência, transformando-se em uma central de informação e lazer, enquanto o telespectador deixa de ser um mero receptor e passa a interagir com a programação.
A TV digital, que deve chegar ao Brasil antes do ano 2000, garante imagem de alta definição e som com qualidade de CD. Isso porque o sinal digital consegue acomodar muito mais informações que o analógico -sistema atualmente em uso.
Como os dados referentes à imagem e ao som são transformados em uma sequência de números, eles também podem ser manipulados mais facilmente -como acontece com os números dentro de um computador.
"Comparado com o do futuro, o televisor atual é burro, limitando-se a reproduzir os sinais que recebe. A TV digital possui comandos de ida e volta, permitindo uma interação com o telespectador. Ele usa o controle remoto para pedir o que quer, como se fosse um cliente em um restaurante", diz Walter Duran, 42, gerente de marketing da Philips para a América Latina.
Segundo Duran, a TV digital chega no final de 1998 às lojas nos EUA -onde a extinção do aparelho convencional está prevista para 2006. "Nesse mesmo ano, a TV brasileira também deverá estar na era digital."
Paralelamente à chegada do televisor digital, o mercado prevê a integração dos serviços de televisão, telefonia e informática. Trata-se da Banda Larga Multiserviços, uma rede de transporte bidirecional que permite a transmissão de dados e sinais telefônicos e de TV (digitais ou analógicos).
"Pelo mesmo cabo que o assinante recebe as imagens de TV, ele poderá acessar a Internet, fazer compras, movimentar a sua conta bancária, entre outras possibilidades", afirma Walter Longo, 46, presidente da Associação Brasileira dos Fornecedores de Televisão por Assinatura (Abraforte).
Para garantir a velocidade nas transmissões de dados, a Banda Larga vai recorrer à tecnologia do cable modem. "Na Internet, por exemplo, o acesso às informações via cabo será mil vezes mais rápido", adianta Fábio Yonezawa, 31, gerente de engenharia da Equitel Comunicações.

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