São Paulo, segunda-feira, 4 de agosto de 1997 |
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Sintonia
CIDA SANTOS Parece que chegou a hora: o vôlei brasileiro começa a se organizar e a mostrar a sua voz.O primeiro passo foi a reunião entre as comissões técnicas dos times masculinos e o técnico da seleção, Radamés Lattari, na quinta-feira. Só o encontro já foi histórico. O desafio agora é colocar as idéias em prática. A maior novidade é a disposição dos clubes de se organizar. Fala-se até na criação de associações de técnicos, de jogadores... Iniciativas saudáveis para o esporte brasileiro, que carrega toda uma tradição de um poder ainda muito centralizado nas mãos dos dirigentes das federações e das confederações. Ao que tudo indica, seleção e clubes também começam a acertar o passo. A idéia é criar um intercâmbio, que permita conciliar e padronizar os trabalhos. Os técnicos dos clubes teriam acesso aos cronogramas e métodos de treinos da seleção e vice-versa. Uma das vantagens é que o jogador poderia ficar menos tempo na seleção, já que treinaria no próprio clube. A tendência também é começar a priorizar competições, para desgastar menos os atletas. Parece que este deverá ser o último ano em que o Brasil fica treinando tanto tempo para um Sul-Americano. As prioridades deverão ser Olimpíada, Mundial e Superliga Nacional. A idéia de seguir o molde italiano e fazer a Superliga com partidas só nos finais de semana é boa. O Campeonato Paulista e os outros torneios seriam jogados no meio da semana. A forma de disputa da Superliga também está em debate: deverão ser implantados o líbero e os sets com tempo determinado. Ou seja, se até 25 minutos nenhum time fizer 15 pontos, decide-se no tie-break. Também está em pauta a criação de uma liga disputada por times juvenis. O objetivo seria incentivar os clubes a investir nas categorias de base. Idéias não faltam, mas elas ainda têm de passar pelo crivo da Confederação de Vôlei. Texto Anterior: Ataque irregular aflige seleção às vésperas da Copa América Próximo Texto: Ranking; Mundial; Levantadoras Índice |
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