São Paulo, segunda-feira, 4 de agosto de 1997
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Remédio é que nem peça íntima, não se divide com ninguém

JAIRO BOUER
ESPECIAL PARA A FOLHA

"A menina com quem estou saindo tomou pílula uma vez sem orientação médica. Uma amiga deu as instruções, e tudo correu bem. Mas ela está insegura em voltar a tomar, porque falaram que engorda. Isso é verdade?"
resposta Primeiro, uma bronca. Que mania boba essa de tomar remédio dos outros! Sua namorada usa a escova de dente ou a calcinha da amiga? Aposto que não. Pois é, remédio é algo tão pessoal quanto roupa íntima. Não dá para dividir com ninguém.
Quem receita remédio é médico. Para isso, ele estuda quase dez anos. Só o médico consegue reunir os dados necessários sobre o estado de saúde e características da pessoa e as informações sobre os medicamentos para passar a melhor receita possível.
Mesmo com todos esses dados em mãos, o remédio pode causar pepinos -efeitos colaterais, alergias não previstas etc. Imagine então tomar um remédio ao acaso!
E a área médica hoje é tão vasta e complexa, que um psiquiatra não arrisca prescrever uma pílula, e um ginecologista não arrisca prescrever um antidepressivo. Cada macaco no seu galho!
E pílula engorda? Algumas podem realmente levar a um aumento de peso. E algumas provocam uma maior retenção de água no corpo, o que também eleva o peso.
Mas isso não ocorre com todas as mulheres nem com todo tipo de pílula. Por isso, a sua namorada deve procurar um ginecologista para descobrir a pílula mais adequada.

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