São Paulo, segunda-feira, 4 de agosto de 1997 |
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Cidade faz suas apostas em novo cassino
ROBERTO DE OLIVEIRA
Três estão instalados no balneário: o San Rafael, o Gorlero e o recém-inaugurado Conrad, o único privado do país. Quem nunca visitou um cassino não deve deixar essa oportunidade passar em branco, mesmo que não vá fazer uma fezinha. Os cassinos são lugares cheios de cores. Há um ar festivo. Para muitos, é um ambiente de glamour. Se o visitante revolver jogar, porém, deve manter um olho na roleta e outro na conta bancária. Com suas praias banhadas pelo oceano Atlântico e pelo rio da Prata, Punta del Este não é apenas um balneário voltado para o turismo de ricos, como acreditam alguns. Mesmo com o inverno, que, para a felicidade de muitos, está ameno este ano, visitar o balneário é uma aventura marcada principalmente pela tranquilidade e pelo conforto. E, nesses tempos de insegurança, com policiais em greve por diversas regiões do Brasil, Punta, como é chamada intimamente pelos visitantes, é extremamente segura. Logo após passar pela imigração no aeroporto, ainda um pouco lenta, o contato com essa serenidade já se dá na entrada da cidade. O visitante irá perceber que as praias brasileiras são muito mais bonitas que as do balneário. Mas, nesta época, isso é o de menos. As gaivotas e as esculturas moldadas pelas pedras criam uma atmosfera envolvente na orla do balneário uruguaio. Nos bairros tradicionais, próximos ao mar, predomina a arquitetura no estilo mediterrâneo. Muros Na medida em que o visitante perambula pelo interior do balneário, vai deparando com pequenos castelos e casas no estilo europeu. Punta nasceu no fim do século 18 como um posto de defesa do Departamento (divisão administrativa do Uruguai) de Maldonado. No balneário, não há muros separando uma residência da outra. Muito menos aqueles portões eletrônicos que isolam os moradores, comuns em residenciais de luxo em São Paulo. Há bairros em Punta onde predomina uma casa por quarteirão, com amplos e bem cuidados jardins. Um desses lugares é o bairro Beverly Hills. É aconselhável fazer uma caminhada pelo balneário para poder conhecê-lo melhor, sentir sua intimidade, entrar em sintonia. A pequena população, que não ultrapassa 7.000 habitantes, é simpática e acolhedora. Brasileiro, argentino, europeu, norte-americano. Todos são bem-vindos. Casapueblo Outro ponto digno de visita é a Casapueblo, que congrega ateliê e hotel, antiga morada do pintor uruguaio Carlos Paez Vilaró, construída por ele e por nativos. Uma das paisagens mais belas oferecidas em Punta. Depois do passeio, você escolhe um bom restaurante, que pode ir do tradicional churrasco uruguaio à culinária francesa, e se delicia com uma boa refeição e o ótimo vinho produzido no Uruguai. Nesta época do ano, os preços dos pratos são acessíveis, assim como as diárias dos hotéis. Um bom lugar para comer e passear é a barra de Maldonado, antigo reduto de pescadores, hoje um dos pontos mais badalados do balneário. Mas badalação mesmo só acontece no verão. LEIA MAIS sobre Punta del Este na pág. 7-17 Texto Anterior: Trios "eletrizam" o Pantanal neste mês Próximo Texto: Iniciativa privada entra no jogo Índice |
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