São Paulo, terça-feira, 5 de agosto de 1997
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Liminar suspende greve de agentes civis

JOANICE PIERINI
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ

Os agentes civis e carcerários de Mato Grosso, que estavam em greve desde o dia 25 de julho, decidiram ontem voltar ao trabalho.
A decisão foi tomada em virtude de uma liminar concedida pelo juiz da 1ª Vara de Falências e Concordatas de Cuiabá, José Geraldo Palmeira, que no último sábado decretou a greve ilegal e estabeleceu multa de R$ 10 mil, caso o sindicato continuasse com o movimento.
Segundo o presidente do Singespoc (sindicato dos agentes civis e carcerários), Antônio Severino, a assessoria jurídica da entidade vai contestar a liminar do juiz José Geraldo Palmeira até a próxima terça-feira.
"Nossa paralisação estava respeitando a manutenção dos serviços essenciais, o que não justifica a ilegalidade", disse Severino.
Como a greve não atingiu escrivães, delegados e funcionários do IML (Instituto Médico Legal) e do Instituto de Criminalística, estavam parados somente os serviços de investigação. Na liminar, o juiz diz que "a paralisação das atividades causa perigo de dano iminente à coletividade na segurança de seus membros".
A greve dos agentes civis e carcerários durou nove dias. Eles reivindicavam aumento do salário-base dos atuais R$ 120 para R$ 350, ou o pagamento de 64 horas extras -R$ 254-, mais o escalonamento de 5% entre as etapas.
Não há previsão de nova paralisação dos agentes. O governo diz que não tem recursos para conceder o reajuste.

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