São Paulo, terça-feira, 5 de agosto de 1997
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Tailândia recorre ao FMI e terá US$ 8 bi de emergência

Moedas da região se valorizam; acordo prevê austeridade

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Tailândia, que desvalorizou sua moeda há um mês, após sofrer ataque especulativo que deflagrou a crise cambial do Sudeste Asiático, fechou acordo com o Fundo Monetário Internacional.
O FMI e o Eximbank japonês deverão colocar à disposição da Tailândia US$ 8 bilhões em caráter de emergência. O Eximbank é um banco estatal que financia o comércio exterior do Japão, país que mais investe na Tailândia.
Com o acordo, cujos detalhes serão conhecidos hoje, a Tailândia deverá adotar medidas de austeridade fiscal e monetária, seguindo o receituário ortodoxo do FMI.
O mercado asiático reagiu bem diante da perspectiva do pacote de apoio à estabilização cambial. O dólar fechou cotado a 31,67 bahts, contra 31,90 bahts na sexta-feira.
O governo da Tailândia adiou por várias semanas um acordo com o Fundo, esperando que os bancos centrais da região viessem em seu socorro.
Na semana passada, entretanto, já estava claro que a coordenação não ocorreria, em parte por oposição do banco central do Japão.
Segundo analistas do mercado, o apoio à estabilização do baht -antecipado ontem pelo principal jornal econômico do Japão, o "Nihon Keizai Shimbun"- ajudará a conter os ataques especulativos a outras moedas da região.
A rupia da Indonésia, por exemplo, também fechou em melhores condições.
Além do apoio à estabilização cambial, espera-se medidas de reforma do sistema financeiro tailandês. A Tailândia acumulou dívidas de má qualidade custeadas com recursos externos, sobretudo no setor imobiliário.
Na avaliação do Morgan Stanley, banco de investimento norte-americano, os problemas nos mercados asiáticos devem continuar nas próximas semanas porque os problemas seriam mais difíceis de resolver do que se tem admitido.
Perigo de recessão
Nas Filipinas, a federação das indústrias alertou para os perigos de recessão, caso as autoridades não consigam evitar outra desvalorização do peso, que já perdeu 8% desde o início da crise.
Os empresários declararam que serão forçados a diminuir a produção e aumentar os preços.

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