São Paulo, terça-feira, 5 de agosto de 1997 |
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Bolsa paulista oscila e recua mais 1,98%
VANESSA ADACHI
Diante da ausência de notícias, o déficit maior que o esperado na balança comercial continuou na memória dos operadores. O volume negociado foi fraco: R$ 723,61 milhões. Muitos participantes estiveram ausentes, tentando identificar alguma tendência do mercado. A Bolsa paulista acompanhou o pregão de Nova York, oscilando bastante. O Ibovespa chegou a cair 3,2% e, no período da tarde, ameaçou uma reversão, que não aconteceu. Telebrás PN liderou a baixa do final do pregão e acabou fechando com queda superior à do índice (2,63%). Operadores notaram a ausência dos fundos locais e estrangeiros e das fundações. Quem movimentou a Bolsa foram os profissionais de tesouraria dos bancos. Segundo analistas, continua a migração de estrangeiros do Brasil para o México. Uma das razões para isso está na safra de balanços do segundo trimestre de 97. Os resultados das companhias estariam apontando para um nível de atividade apenas morno, indicando que a economia brasileira cresce pouco. Não o suficiente para atrair o capital externo, que migra atrás de maiores retornos. O artigo do economista Rudiger Dornbusch, publicado no domingo pela Folha, também ajudou a empurrar a Bolsa para baixo. Entre os papéis que compõem o Ibovespa, a maior alta foi Souza Cruz ON (3,26%). A empresa divulgou seu balanço do semestre com um lucro de R$ 167 milhões, 73% superior ao do mesmo período de 96 e também acima das projeções do mercado financeiro. Banespa PN subiu 1,2%, repercutindo o desmentido do governo paulista a respeito dos rumores de que as contas do Estado seriam transferidas para a Nossa Caixa Nosso Banco. A retomada do acordo da Encol também ajudou. Câmbio e juros também começaram o dia dando sinais negativos, mas se recuperaram. O dólar futuro ficou estável na BM&F e o juro até recuou. Os contratos do DI (juros do interbancário) com vencimento em outubro -que projetam a taxa de setembro- fecharam a 1,62%, contra 1,64% na sexta. Texto Anterior: Tiffany venderá perfumes no Brasil Índice |
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