São Paulo, quarta-feira, 6 de agosto de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Conta de água pode aumentar até 10%
DA REPORTAGEM LOCAL A proposta do governo estadual para a cobrança da água pode aumentar em até 10% o valor das contas dos consumidores.O projeto de cobrar pela água começou a ser discutido ontem, em uma audiência pública na Assembléia Legislativa. "O aumento para o consumidor final não deve ser superior a 10%", disse o secretário de Recursos Hídricos, Hugo Marques da Rosa. Segundo o secretário, a água atualmente fornecida a residências não é cobrada. "O que é cobrado hoje é a captação e o fornecimento da água", afirmou Rosa. A proposta do governo prevê que comitês ligados a cada uma das 22 bacias hidrográficas do Estado definam o valor final que será cobrado pela água (leia texto ao lado). A cobrança será feita das empresas que captam a água dos rios (como a Sabesp) ou de poços artesianos (como as indústrias). O projeto do governo foi elaborado após estudo realizado sobre países que já realizam esse tipo de cobrança, como Alemanha, Chile, Espanha e Bélgica. Segundo o secretário, a proposta do governo é semelhante à legislação da França. O projeto será discutido junto aos comitês e deve ser encaminhado à Assembléia para apreciação pelos deputados no final do ano. O DAEE (Departamento de Água e Energia Elétrica), ligado à secretaria, realizou simulações do impacto da cobrança em indústrias e nas contas de água da população. Foi tomado como base o valor de R$ 0,01 a ser cobrado por cada mil litros de água, valor próximo ao que é cobrado na França. Chegou-se à conclusão de que as empresas captadoras de água teriam seus custos onerados em até 6,5% em cidades com 100 mil habitantes. Segundo o secretário, pesquisa feita pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) a pedido da secretaria indicou que 75% dos consumidores estão dispostos a pagar o aumento. Para as indústrias, o custo deve ser de cerca de 0,36% do faturamento total, segundo o DAEE. Em fábricas de papel e celulose, por exemplo, o aumento poderá ser de cerca de 0,49%. Texto Anterior: Rio é a capital que menos cresce Próximo Texto: Recursos serão reinvestidos Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |