São Paulo, quarta-feira, 6 de agosto de 1997
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EUA pressionam por liberação de verbas palestinas

CLÓVIS ROSSI
DO ENVIADO ESPECIAL

Nas vésperas da chegada a Israel, sábado, de Dennis Ross, enviado especial do presidente Bill Clinton, o governo norte-americano emite sinais de que desaprova ao menos parte das duras punições impostas por Israel aos palestinos.
O jornal israelense "Haaretz" informou ontem que o Departamento de Estado pediu à chancelaria israelense que suavize as retaliações econômicas, como o bloqueio dos impostos que Israel coleta e repassa à ANP (Autoridade Nacional Palestina).
São cerca de US$ 25 milhões mensais, quantia que, nos termos do acordo de paz, pertence à ANP e é apenas coletada por Israel. Correspondem a mais de 60% das receitas totais palestinas.
"É do interesse de Israel enfrentar o desafio a sua segurança de uma maneira que não mine a ANP e sua capacidade de responder pelas obrigações de segurança", diz Jim Foley, porta-voz do Departamento de Estado.
O argumento norte-americano tem todo o sentido: Washington acha que os policiais palestinos farão pouco empenho em perseguir terroristas se estiverem com os pagamentos atrasados.
A posição norte-americana é sempre crucial para os movimentos no Oriente Médio, mas se tornou ainda mais importante agora.
Por uma razão também econômica: no dia 12, expira legislação especial que permite aos Estados Unidos ajudar os palestinos. O Congresso norte-americano, a quem cabe autorizar a renovação, não pode fazê-lo porque está em recesso.
(CR)

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