São Paulo, quinta-feira, 7 de agosto de 1997
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Roubos somam US$ 54,4 mi, diz sindicato

DA REPORTAGEM LOCAL

Em 1996, foram roubados US$ 54,4 milhões de agências bancárias no Estado de São Paulo, segundo o sindicato dos bancários.
Isso representa uma média de US$ 32,4 mil roubados em cada assalto, de acordo com o sindicato.
A entidade diz que o número de assaltos e tentativas de assaltos a bancos "explodiu" nos últimos três anos no Estado.
Para o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo Manoel Castaño Blanco, "não adiante melhorar o armamento do vigilante de banco se ele não não recebe treinamento adequado."
"Uma medida importante para diminuir o número de assaltos a bancos é não deixar os cofres das agências lotados de dinheiro", afirmou Blanco. O sindicato sugere outras medidas de segurança (leia texto ao lado).
Nesse planejamento deve constar a localização dos equipamentos de segurança. Segundo o sindicato, há falha nessa fiscalização.
Armas
Para o delegado-assistente da diretoria do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) João Kiss Paterno, "os vigilantes bancários são os maiores fornecedores involuntários de armas para criminosos."
"Os bancos deveriam investir em sistemas de filmagem de assaltantes. Não adiante querer prender a quadrilha em flagrante porque haverá tiroteio e inocentes podem morrer. Com as filmagens, é possível identificar os assaltantes e procurá-los", afirmou Paterno, que é contra a utilização de armas por seguranças bancários.
"Os únicos estúpidos que usam revólver calibre 38 são os policiais e seguranças de banco. Quando assaltantes roubam essas armas dos vigilantes, eles as vendem ou simplesmente as jogam em um canto da casa", disse um investigador da Delegacia de Roubo a Bancos.

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