São Paulo, sábado, 9 de agosto de 1997 |
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Aeronautas lançam campanha para impedir arma durante vôo
FREE-LANCE PARA A FOLHA O Sindicato Nacional dos Aeronautas iniciou ontem uma campanha contra o porte de armas a bordo de aeronaves civis. Nos últimos três meses, foram registrados pelo menos dois incidentes entre as companhias e policiais federais.Segundo o sindicato, em Manaus, há duas semanas, um gerente da Varig recebeu voz de prisão ao tentar impedir o embarque de um policial federal que portava três armas. Há três meses, em Porto Velho, um vôo teve de ser cancelado porque o comandante, ao impedir a entrada de federais armados, foi detido pelos policiais. Em maio deste ano, o presidente Fernando Henrique Cardoso editou o decreto 2.222, que proíbe o porte de armas em aeronaves civis. "É medida de segurança. Se um tiro acidental atinge a fuselagem do avião, pode ocorrer um problema semelhante ao que aconteceu no vôo da TAM", declarou o presidente do sindicato, Luiz Fernando Collares. Um acidente num vôo da TAM provocou a morte de um passageiro, ejetado do banco do avião, no mês passado. O problema pode ter sido causado por uma explosão. A campanha intitulada "Armas a Bordo - desarme essa idéia" foi lançada no aeroporto Santos Dumont, no Rio. Será estendida também aos aeroportos de São Paulo e Brasília. Até 25 de agosto, os passageiros estarão recebendo folhetos explicativos e adesivos. Eles ainda serão chamados a aderir a um abaixo-assinado, a ser encaminhado aos ministérios da Justiça e Aeronáutica. O objetivo é pressionar os integrantes da comissão que vai determinar as exceções à restrição prevista no decreto. Os aeronautas defendem que mesmo policiais em serviço de escolta entreguem as armas para serem guardadas pelos comandantes, durante os vôos civis. Texto Anterior: Gaúchos vão instaurar a CPI do Detran Próximo Texto: Engenheiro diz que polícia forjou crime Índice |
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