São Paulo, sábado, 9 de agosto de 1997
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Tess ganha celular com ágio de 121%

ISABEL VERSIANI
FRANCISCO CÂMPERA

ISABEL VERSIANI; FRANCISCO CÂMPERA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Consórcio inabilitado participa com liminar e faz oferta de R$ 1,3 bi para explorar interior de SP

O consórcio Tess venceu ontem a concorrência para explorar a banda B (telefonia celular privada) no interior de São Paulo.
A proposta da Tess, que só participou da concorrência com base em uma liminar judicial, foi de R$ 1,326 bilhão pela concessão, o que representou ágio de 121,16% sobre o preço mínimo de R$ 600 milhões. O consórcio Avantel, segundo colocado, ofereceu R$ 1,224 bilhão, com ágio de 104,02%.
O Tess -formado pelas empresas brasileiras Eriline Celular e Primav, e a telefônica estatal sueca Telia- obteve índice de 0,78594, contra 0,78539 da Avantel (formado por Stelar Telecom, Camargo Corrêa, Unibanco, Air Touch, dos EUA, e Empresa Folha da Manhã S/A, esta só com ações preferenciais, sem direito a voto).
A decisão final sobre o vencedor da área 2, entretanto, corre o risco de virar uma batalha jurídica. É que o consórcio Tess foi inabilitado pela comissão de licitação e só assegurou sua participação na disputa por meio de uma liminar do STJ (Superior Tribunal de Justiça), cuja ação ainda não foi julgada.
O consórcio foi inicialmente desclassificado porque não apresentou procurador no Brasil de seu sócio estrangeiro nem teve os seus documentos traduzidos por um profissional juramentado, o que era exigido pelo edital.
Por causa desse problema, o contrato de concessão do Tess será assinado sub judice (condicionado à decisão final da Justiça).
Outra pendência judicial também pode mudar o resultado na concorrência. Um terceiro consórcio, o Telet, também inabilitado, pleiteia na Justiça sua participação na briga pela área 2.
O envelope da proposta do consórcio foi apresentado ontem, mas só será aberto depois da votação do recurso apresentado pelo consórcio junto ao STJ, dia 13.
O representante da Avantel, José Barbosa Mello, disse que o consórcio ainda está avaliando a possibilidade de recorrer na Justiça.
Outros três consórcios participaram da disputa: Brascom, TT-2 e Global Telecom.

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