São Paulo, sábado, 9 de agosto de 1997
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Caixa quer usar o Sacre também no SFH

SHIRLEY EMERICK
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A CEF proporá ao governo uma alteração na lei que criou o SFH (Sistema Financeiro da Habitação) para que os financiamentos possam ser calculados pelo Sacre (Sistema de Amortização Crescente).
A tabela muda o sistema de amortização, que abate mais o principal da dívida do que os juros.
A intenção da CEF é padronizar os contratos habitacionais para transformá-los em títulos negociáveis no mercado secundário. Para isso, no entanto, o contrato precisa ser de boa qualidade.
A CEF tem cerca de 1,24 milhão de contratos habitacionais, com vários modelos diferentes, tanto na fixação das taxas de juros quanto no prazo estabelecido.
Por isso, a CEF pretende mudar as regras. A idéia é renegociar os contratos em atraso do SFH, mudando o sistema de amortização.
Para isso, é preciso mudar a lei porque o SFH dá ao mutuário a opção pelo sistema de reajuste da prestação. São duas alternativas: o Plano de Equivalência Salarial (PES) e o Plano de Comprometimento de Renda (PCR).
No Sacre, no entanto, essa regra é incompatível porque as parcelas iniciais são altas para amortizar o principal da dívida e o reajuste das parcelas é anual, independente de reajuste salarial.
A proposta da CEF pode dar certo com o funcionamento do mercado de CRIs (Certificado de Recebíveis Imobiliários), previsto no projeto que cria o SFI (Sistema de Financiamento Imobiliário).
As construtoras e os bancos que financiam empreendimentos imobiliários poderão trocar os contratos por títulos para vendê-los no mercado secundário. Com isso, eles não precisarão esperar o pagamento do financiamento para ter os recursos investidos de volta.

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