São Paulo, sábado, 9 de agosto de 1997
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Tarifa de celular será mais baixa em SP

ISABEL VERSIANI; FRANCISCO CÂMPERA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As tarifas da telefonia celular na banda B (privada) cobrados pelo consórcio vencedor Tess no interior de São Paulo serão 14,75% mais baixas, em média, do que as cobrados hoje pelo setor público, ou banda A.
A ligação local cobrada pelo consórcio Tess, por exemplo, custará R$ 0,25 o minuto, enquanto as da Telesp e da Ceterp (Companhia Telefônica de Ribeirão Preto) custam hoje R$ 0,27 o minuto.
O preço de habilitação também será inferior aos R$ 330 cobrados hoje pela Telesp. A tarifa prevista é de R$ 200.
A assinatura custará R$ 23 na banda B, enquanto hoje, pela Telesp, o preço é de R$ 27.
O presidente da Tess, José Henrique Castanheira, disse que os preços devem cair ainda mais ao longo do tempo, na medida em que a concorrência se acirre na região.
A estratégia do consórcio, segundo ele, seguirá três fases. Até o final de 1998, os preços serão cobrados conforme a proposta apresentada ontem. A partir dessa data, até o ano 2000, a empresa se empenhará em reduzir os preços.
A partir do ano 2000, a idéia é popularizar ao máximo o uso do celular, procurando levá-lo a todas as faixas sociais e etárias.
O consórcio informou que pretende instalar 300 mil novos terminais (linhas celulares) no interior do Estado em dez meses. Das 110 cidades do Estado, apenas as 11 com mais de 200 mil habitantes serão atendidas na sua totalidade no primeiro ano de operação.
São elas: Bauru, Campinas, Franca, Limeira, Piracicaba, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, São Vicente, São José dos Campos, Santos e Sorocaba.
Pacotes especiais
Castanheira informou que o Tess investiu R$ 1 milhão no planejamento de pacotes especiais para os seus prováveis futuros clientes.
Segundo ele, quem usar mais o celular, por exemplo, pagará proporcionalmente menos. Também haverá pacotes especiais para adolescentes e crianças.
Conforme a avaliação do Tess, a demanda no interior paulista, com as tarifas nesses níveis, é de aproximadamente um milhão de linhas.
Os investimentos no primeiro ano de operação serão de cerca de R$ 380 milhões. No período, o consórcio estima criar 360 empregos diretos e 1.800 indiretos.
A tecnologia usada em todo o interior será a digital, que gera menos interferência nas ligações e oferece pouco risco de a linha "cair".
Castanheira afirmou que, com essa tecnologia, os usuários terão ainda a possibilidade de transmitir "pequenas mensagens programadas" pelo celular, num sistema parecido com o pager (bip).
(ISABEL VERSIANI E FRANCISCO CÂMPERA)

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