São Paulo, sábado, 9 de agosto de 1997
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Zagallo prevê seleção 50% pior na Coréia

ARNALDO RIBEIRO
ENVIADO ESPECIAL A SEUL

Um time com apenas uma alteração -Dodô em lugar de Romário-, mas 50% pior em relação ao que conquistou a Copa América, há pouco mais de um mês.
É assim que o técnico Zagallo prevê o desempenho da seleção brasileira no jogo contra a Coréia do Sul, às 7h deste domingo (horário de Brasília), que abre a mini-excursão da equipe na Ásia.
Zagallo justifica seu pessimismo por três fatos: a má forma física dos jogadores que atuam no exterior, que estão retornando de férias, o problema do fuso horário e o calor que faz em Seul.
Após observar o primeiro treino coletivo da seleção na Coréia do Sul, o treinador constatou que o time "está fora de sintonia".
"Nem poderia ser diferente. Além de todos os problemas, os jogadores chegaram em grupos diferentes a Seul", afirmou.
Segundo Zagallo, o Brasil será uma equipe fundamentalmente mais lenta nos jogos na Ásia.
"Não podemos querer acompanhar a correria dos coreanos. Temos que usar a cabeça para vencer", disse o técnico, que hoje completa 66 anos.
Sacrifício
No treino de ontem, que foi assistido pelo embaixador do Brasil na Coréia do Sul, Sérgio Serra, os titulares venceram os reservas por 4 a 0, com dois gols Leonardo e dois de Dodô.
O placar não entusiasmou Zagallo. Motivo: os reservas estavam "reforçados" por quatro jogadores universitários de Seul.
Cafu e Aldair, da Roma (Itália), chegaram apenas cinco horas antes do treino, após uma viagem desgastante, mas participaram do treino normalmente.
Eles saíram de Glasgow, Escócia, onde jogaram um dia antes, e fizeram escala em Amsterdã, Holanda, antes da chegada a Seul.
Zagallo definiu o time com: Taffarel; Cafu, Gonçalves, Aldair e Roberto Carlos; Dunga, Flávio Conceição, Leonardo e Denílson; Dodô e Ronaldinho.
O treinador anunciou que o atacante Ânderson, recentemente contratado pelo Barcelona junto à equipe francesa do Monaco, iniciará a partida de quarta-feira, contra o Japão.

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