São Paulo, sábado, 9 de agosto de 1997 |
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Quirino, 'tímido', conquista bronze
FERNANDA PAPA
O velocista foi bronze nos 200 m rasos, com o tempo de 20s26, atrás de Ato Boldon (20s09), de Trinidad e Tobago, e do namíbio Frank Fredericks, (20s23). "Fiquei com vergonha de dar inteira. Não estava acreditando que tinha chegado entre os três primeiros", disse Quirino, em entrevista por telefone à Folha. O brasileiro saiu da penúltima posição, no final da curva, para chegar na terceira. Boldon e Fredericks foram bronze e prata, respectivamente, na Olimpíadas de Atlanta-96. "O (Ato) Boldon veio me falar alguma coisa, mas não entendi nada", disse Quirino, que no Mundial de Gotemburgo, em 1995, chegou em quinto lugar nos 200 m. Ele prefere ser chamado de 'Nei Juan', apelido que ganhou a alguns anos por sua fama de galã -como Don Juan. Em Atenas, no entanto, garante que não foi paquerado. "O duro é que aqui não tem ninguém, as gregas são muito comportadas. Mas tudo bem, agora eu estou fiel a minha namorada (Meire)", disse. Seu retorno ao Brasil será no fim do mês, depois das disputas dos Meetings de Zurique (Suíça), Mônaco e Bruxelas (Bélgica). 'Nei Juan' começou no atletismo aos 18 anos, depois de passar a infância e parte da adolescência em um orfanato. Muito simples, disse que não espera ficar famoso com o resultado de ontem e que só gostaria mesmo de jantar um bom "arroz, feijão e ovo, mas na Grécia só servem peixe, batata e macarrão." "Também queria falar com meu pai, mas a nossa casa, em Lençóis Paulistas (SP), não tem telefone." LEIA os resultados do Mundial de atletismo à pág. 3-12 Texto Anterior: Herta faz o melhor tempo em Mid-Ohio Próximo Texto: Quirino, 'tímido', conquista bronze Índice |
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