São Paulo, sábado, 9 de agosto de 1997
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ELN rachou, afirma general

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Exército colombiano anunciou ontem que o Exército Nacional de Libertação se dividiu em dois grupos. Segundo o general Rafael Hernández López, comandante da Segunda Divisão do Exército, parte da guerrilha está inclinada a negociar com o governo, mas outra parte quer manter as ações armadas.
Segundo o militar, a ruptura foi provocada por Nicolás Rodríguez Bautista, que usa o nome de "Gabino". Ele era o segundo na hierarquia e agora controla cinco frentes guerrilheiras, em regiões produtoras de petróleo.
O principal líder do ELN, o ex-padre espanhol Manuel Pérez, já se mostrou favorável a uma negociação que envolva representantes de países vizinhos como mediadores. "Gabino" defende tomar o poder à força.
Dois guerrilheiros ligados ao Manuel Pérez enviaram a representantes do governo uma mensagem esboçando condições para um processo de paz. Uma das medidas desse pacto, diz o governo, é a "humanização da guerra", que pouparia populações civis.
Os dois guerrilheiros que formularam a proposta, Francisco Galán e Felipe Torres, estão presos. O Exército diz que "Gabino" se recusa a reconhecê-los como porta-vozes do ELN.
Há 30 anos em luta, o ELN se inspira na Revolução Cubana e tem 4.000 mil homens. O grupo é o segundo maior do país, atrás das Farc, que não se manifestaram sobre a proposta de paz.

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