São Paulo, domingo, 10 de agosto de 1997 |
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Altair gasta vinte vezes a sua receita Arrecadação não cobre sequer os salários EDMILSON ZANETTI
A arrecadação própria, de pouco mais de R$ 9.000 mensais, mal cobre os salários do prefeito, R$ 3.540, e dos 11 vereadores, R$ 500 cada, que, somados, chegam a R$ 9.040. Sem repasses dos governos estadual e federal, todos os serviços públicos do município seriam paralisados. "Se dependesse de recursos próprios, seria a falência do município", diz o prefeito José Braz Alvarindo do Prado (PL). A prefeitura arrecada por mês R$ 69 de ISS, R$ 7.000 de taxa de conservação de estradas e pouco mais de R$ 2.000 de IPVA. IPI nunca foi cobrado, porque o município não tem indústria. Em julho, o socorro do governo foi de R$ 160 mil, em repasses de ICMS e FPM. Os gastos chegaram a R$ 166 mil. O prefeito atribui a situação de dificuldades à medida da administração anterior de isentar a população, de 3.517 habitantes, de pagar IPTU. Imposto O imposto municipal, que deve voltar a ser cobrado a partir do próximo ano, geraria receita de mais R$ 4.000 mensais. O dinheiro seria suficiente para cobrir 85% de uma folha de pagamento dos 98 funcionários, mas não tiraria a prefeitura da condição de dependência. Sem sobra de caixa, o prefeito não consegue tocar obras. A única em andamento é a construção de cem casas da CDHU, com dinheiro do governo estadual. A saída planejada pelo prefeito é desenvolver uma política industrial. Ele vai oferecer terrenos gratuitamente para tentar atrair investidores. Texto Anterior: Números são oficiais Próximo Texto: Se houver céu, Betinho ficará na porta Índice |
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