São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 1997
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Vende-se; Meta impossível; A melhor defesa; Faca amolada; Agenda cheia; Volta indesejada; Condição necessária; Limpando o nome; Calendário internacional; Polêmica à vista; Obstrução preparada; Iniciativa própria; Vingança petista; Rédea curta; Currículo

Vende-se
O empresário Benjamin Steinbruch, presidente do Conselho Administrativo da Vale do Rio Doce, pensa em vender sua participação na Light Serviços de Eletricidade S/A, do Rio de Janeiro. Basta uma boa proposta.

Meta impossível
Os governadores vão iniciar uma ofensiva no Congresso para tentar adiar a entrada em vigor, marcada para 1º de 98, da Lei Camata, que cria penalidades para os que gastarem mais de 60% da receita com funcionalismo.

A melhor defesa
O malufismo escolheu a estratégia de defesa no caso da venda suspeita de frangos à prefeitura paulistana: partir para o ataque. Sobretudo de Covas. Estão vasculhando as ações do governo paulista à procura de munição.

Faca amolada
Trecho de carta de Gustavo Franco (BC) a Ozias Rodrigues da Associação Brasileira de Bancos Estaduais: "Dentre de cinco anos, o senhor assistirá (a) uma expressiva redução nos quadros da sua associação, o que trará enormes benefícios ao Brasil".

Agenda cheia
FHC disse que, como presidente, tem que se submeter a "regras e compromissos inadiáveis" para não comparecer ontem ao velório de Betinho no Rio. Passou o dia em casa e visitando a filha em São Paulo.

Volta indesejada
Divaldo Suruagy (PMDB) está sendo aconselhado a trocar a licença pela renúncia definitiva ao governo de Alagoas. O argumento é bastante convincente: se insistir em voltar, será barrado pela Assembléia Legislativa.

Condição necessária
Se o PT não conseguir dissolver a oposição interna à ampliação de alianças, Célio de Castro (PSB) não crê em candidato único das esquerdas à Presidência em 98. "Teremos, então, que buscar um nome na sociedade."

Limpando o nome
Os trabalhadores do fisco engrossarão o lobby do funcionalismo contra a quebra da estabilidade. Depois de terem conseguido manter o benefício para si, tentam melhorar sua imagem junto às outras categorias.

Calendário internacional
A Via Campesina e a Sian, duas ONGs internacionais, vão lançar, em 17 de abril de 98, uma campanha mundial pela reforma agrária. A data lembra o massacre de 19 sem-terra em Eldorado do Carajás (Pará) em 96.

Polêmica à vista
O relator da lei eleitoral de 98, Carlos Apolinário (PMDB-SP), passou o fim-de-semana procurando uma maneira de incluir em sua proposta o financiamento público exclusivo para candidatos a presidente e governador.

Obstrução preparada
Se Mendonça Filho (PFL) tentar votar o projeto de lei eleitoral na comissão especial, os deputados da aliança PMDB-PPB-esquerda pedirão vistas, para forçar Michel Temer a levar o texto diretamente ao plenário.

Iniciativa própria
No Congresso, atribui-se ao líder do PFL, Inocêncio Oliveira, a paternidade da proposta de lei eleitoral de Saulo Queiroz (PFL). O líder do governo, o pefelista Luís Eduardo Magalhães (BA), não teria sido consultado.

Vingança petista
A idéia da emenda à lei eleitoral que divide o tempo de TV em 98 na proporção dos votos que os partidos tiveram em 94 surgiu do PT. O partido ganha muito pouco com a iniciativa. O principal objetivo é prejudicar o PFL.

Rédea curta
O Exército fez apenas duas exigências sobre as mudanças nas polícias militares. Manter o controle dos efetivos e armamentos, e um mínimo de padronização de treinamento, caso a tarefa passe para a esfera dos Estados.

Currículo
De Caio Lutfalla, da A D'Oro (empresa suspeita de venda irregular de frango para a prefeitura paulistana), sobre a razão da contratação de Nicéia Pitta: "Meu pai a indicou para estagiária. Ele a conheceu em uma festa. Ela é muito expansiva".

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO
De João Paulo (PT-SP), sobre FHC deixar para os Estados a tarefa de reformar as polícias:
-O governador federal deu uma de general inexperiente. No começo, atirou para todos os lados. Depois, recuou e deixou seus soldados, os governadores, no meio dos inimigos.

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