São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 1997
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Graceland é casa do 'outro' Elvis

EDSON FRANCO
DA REPORTAGEM LOCAL

Há dois Elvis Presley. O primeiro é aquele cara que rebolava freneticamente, fez uma carreira recheada de filmes medíocres no cinema e que terminou gordo e fantasiado de astronauta brega em Las Vegas.
O outro Elvis é um cara que começou pobre, amava a família -em especial a mãe, Gladys-, adorava jogar sinuca e futebol americano, era viciado em televisão, preparava e comia sanduíches indigestos e, sobretudo, era um amante incondicional da música, especialmente aquela feita pelos negros norte-americanos.
Conhecer este último Elvis é o presente para quem viaja até Memphis e entra em Graceland. A visita começa em um galpão com pequenos museus, dois aviões do cantor, lojas e baias usadas para organizar os visitantes em fila.
E é nessas baias que começa o clima responsável pelo fato de ninguém deixar a casa como entrou.
Bate-papos iniciados no estacionamento dão lugar aos sucessos do ídolo, que saem dos alto-falantes espalhados por toda parte.
Um microônibus recolhe os já completamente emudecidos visitantes e atravessa a rua, cruzando o portão em forma de partitura.
Guiados por um walkman, turistas conhecem hall, sala de visitas, sala de jantar, cozinha, aquele que deve ser o primeiro "home theater" da história, salão de jogos, escritório, sala de troféus, haras etc.
Por fim, a visão das lápides de Elvis, pai, mãe e o irmão gêmeo natimorto. Depois da tristeza, os visitantes voltam ao microônibus, dão a última espiada e trocam olhares de admiração. "Puxa! Ele era gente que nem nós", parecem dizer.

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