São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 1997
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Londres pode soltar membros do IRA

Cessar-fogo é condição

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A ministra britânica para a Irlanda do Norte, Mo Mowlam, afirmou que o governo pode libertar prisioneiros ligados ao IRA (Exército Republicano Irlandês), se for cumprido o cessar-fogo estabelecido no dia 20 de julho.
Mowlam afirmou que ainda não considera oficialmente os pedidos para libertar ativistas, mas pode mudar de idéia caso o cessar-fogo seja cumprido.
Os governos anteriores ao do Partido Trabalhista nunca admitiram anistiar os prisioneiros do IRA, por considerá-los criminosos comuns que ameaçam a segurança, e não prisioneiros políticos.
Mowlam afirmou que o braço político do IRA, o Sinn Fein, poderá participar das negociações de paz em dezembro, caso o cessar-fogo se mantenha.
Desde a trégua, nenhum ato de violência foi atribuído ao IRA ou aos seus adversários protestantes.
As declarações da ministra, ao jornal "The Sunday Telegraph", coincidiram com o 26º aniversário de uma ação do governo contra pessoas suspeitas de participarem da guerrilha, numa tentativa de impedir ações violentas do IRA.
No dia 9 de agosto de 1971, a polícia da Irlanda do Norte invadiu casas e deteve centenas de suspeitos, que foram presos perto de Belfast.
Protesto
A polícia de Londonderry afirmou que, no fim-de-semana, o grupo Continuity Army Council, que se separou do IRA, fez ameaças de bomba durante marcha dos 12 mil membros da organização protestante Apprentice Boys.
Homens mascarados roubaram um carro e a abandonaram numa ponte em que os manifestantes passariam, mas não foi encontrada nenhuma bomba no local.
O grupo Loyalist Volunteer Force, que defende a manutenção do domínio britânicos sobre a Irlanda do Norte, disse ter obtido explosivos plásticos para cometer atentados, se a República da Irlanda mantiver seu pedido de uma Constituição para a Irlanda do Norte.

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