São Paulo, terça-feira, 12 de agosto de 1997 |
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A evolução do PT
NELSON DE SÁ
A saída do governador capixaba deu a deixa para a conhecida malhação do PT na televisão. Não evolui, não se torna outro PSDB. É singular como, depois do Movimento dos Sem-Terra, as desavenças de poucos anos atrás, da eleição de 94, para dar uma data, reaparecem assim mesmo, datadas. O também governador Cristóvam Buarque ainda é capaz de dizer, como ontem, sobre uma conversa com Buaiz, antes da saída: - Fiz um apelo para que juntos tentemos fazer o PT evoluir... Mas já são poucos os que querem tal evolução. Depois do MST, a busca não é mais tornar-se uma alternativa viável de poder. Talvez seja derrubá-lo. * Os sem-terra ecoam também no Vaticano. Um jornal italiano noticiou e a televisão brasileira reproduziu ontem que o papa "pediu urgência na preparação de documento em defesa da reforma agrária". Não é à toa que João Pedro Stedile, outro dia, se autodefinia como socialista cristão. Ele e, talvez, o PT. * Como aconteceu antes com a mulher de Celso Pitta, também os depoimentos da mulher e da filha de Paulo Maluf foram acompanhados com insistência que beirou a ironia, na televisão. Antes: - Sylvia e Lígia Maluf vão depor na promotoria pública... sobre o envolvimento no "frangogate". Depois: - Não apareceram para depor sobre o "frangogate"... As duas deveriam explicar as denúncias de favorecimento na compra de frangos. Não foi só a cobertura dos depoimentos frustrados que beirou a ironia. Do promotor, ontem na televisão, ao anunciar que Nicéa Pitta vai depor quinta-feira: - Já se recuperou dos problemas de saúde... Texto Anterior: FHC cobra empenho no 'Brasil em Ação' Próximo Texto: Relator quer verba pública em eleição Índice |
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