São Paulo, terça-feira, 12 de agosto de 1997 |
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Fábrica de armas financia reunião
XICO SÁ; LUIS HENRIQUE AMARAL
Além de ajudar como patrocinadores da reunião (seus nomes figuram nos cartazes), as indústrias montaram exposição de armas e tentam fechar bons negócios. A Taurus, por exemplo, investe na venda de uma pistola calibre 40 apropriada para policiais. Os seus tiros fazem um estrago enorme, mas não ultrapassam os corpos alvejados. Segundo representantes da Taurus, a pistola é ideal para evitar que ao atirar em um "bandido", a polícia acabe ferindo outras pessoas na rua ou em um caso de sequestro com reféns. Mas a grande vantagem da arma oferecida aos comandantes militares pode ser mais atraente ainda: como é única no gênero no país, poderia ser adquirida sem concorrência pública. Pelo menos é o que sugere o representante da indústria que montou a sua exposição no Hotel Rifain Palace, sede das discussões da PM esta semana. Além de armas de todos os calibres e novidades do gênero, a exposição oferece o serviço completo para os quartéis e delegacias. Como os comandantes formam uma clientela especial que pode decidir pelas grandes compras dos governos estaduais, as empresas tentam vender de sirenes a carros especiais para a tropa. Uma área bem servida é a de aparelhos de comunicação, com todos os tipos de rádios e antenas. Nem tudo, porém, traz o clima pesado das armas policiais no encontro dos comandantes da PM. Existem momentos em que a austeridade cede lugar ao relaxamento. Como ontem pela manhã, quando a bandinha convidada para animar a festa substituiu marchas militares por canções de Jorge Benjor, como "País Tropical". Sem se falar na insistência do governador Jaime Lerner, do Paraná, em dizer que os militares se encontravam em um lugar "mágico", na fronteira do Brasil com o Paraguai e a Argentina. (XS e LHA) Texto Anterior: Assessor de Iris é isolado Próximo Texto: Proposta fica pronta esta semana Índice |
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