São Paulo, terça-feira, 12 de agosto de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Estudantes lançam ação de desarmamento

ANDRÉ LOZANO
DA REPORTAGEM LOCAL

Cerca de 400 estudantes lançaram ontem em São Paulo -na presença de secretários do governo estadual, de representantes de universidades e de igrejas e do governador Mário Covas- a campanha antiviolência e pelo desarmamento "Eu sou pela paz".
A maioria dos estudantes e autoridades que discursou homenageou e se referiu ao sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, -morto no último sábado- como "exemplo" de pessoa capaz de deslanchar uma campanha desse tipo.
A solenidade do evento foi quebrada pela informalidade dos estudantes, com palavras de ordem.
A campanha, desenvolvida pela agência de publicidade DM9, será coordenada pelo centro acadêmico da Faculdade de Direito da USP, o 11 de Agosto, no largo São Francisco (centro de SP). A campanha foi divulgada na faculdade, que completou ontem 170 anos.
Participarão da campanha a UNE (União Nacional dos Estudantes), a UEE (União Estadual dos Estudantes), a Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) e a Upes (União Paulista dos Estudantes Secundaristas).
O símbolo da campanha é a representação de uma pomba formada com as duas mãos.
Nove personalidades dos meios esportivo, artístico e cultural já aderiram: Jô Soares, Caetano Veloso, Daniela Mercury, Debora Bloch, Serginho Groisman, a colunista da Folha Joyce Pascowitch, Hebe Camargo e os jogadores de vôlei Marcelo Negrão e Ana Paula.
"Esta é uma campanha que não pode ser feita integralmente em uma agência. Precisa ir para a rua, conseguir a adesão da sociedade", disse Drausio Gragnani, da DM9.
O presidente da Ubes, Kerison Lopes, disse que será criado um núcleo da campanha em São Paulo e outros mil em todo o país.
"Esperamos a adesão de empresas e da sociedade", disse o presidente do 11 de Agosto, Dênis Mizne. Os estudantes também pretendem desenvolver uma cartilha com a nova lei que criminalizou o porte ilegal de armas.
O professor de direito da USP, Dalmo Dallari, sugeriu que as armas ilegais apreendidas mensalmente em São Paulo fossem destruídas publicamente. "Acho um ato simbólico importante, potencializa a campanha", disse Covas.

Mais informações (011) 239-9077

Texto Anterior: Leitor pede instalação de telefone
Próximo Texto: FRASES
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.