São Paulo, terça-feira, 12 de agosto de 1997
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Tailândia tem pacote de US$ 16 bilhões

FMI e Japão entram com US$ 8 bi

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Fundo Monetário Internacional anunciou ontem que o pacote de ajuda à Tailândia será de US$ 16 bilhões.
Trata-se da maior ajuda do gênero desde os US$ 50 bilhões (inclusive empréstimo privado) que foram colocados à disposição do México em 1995, depois de o país enfrentar crise cambial no ano anterior.
O pacote à Tailândia supera em US$ 2 bilhões a quantia considerada o mínimo indispensável. O FMI e o Japão entraram com US$ 4 bilhões, cada.
Austrália, Hong Kong, Malásia e Cingapura contribuíram com US$ 1 bilhão, cada. Indonésia e Coréia do Sul participaram com US$ 500 milhões, cada.
Outros países da região entraram com US$ 1 bilhão, no total.
Nova reunião
O acordo foi concluído durante reunião com representantes de dez países da região em que estavam presentes delegados do FMI, do Banco Mundial e do Banco Asiático de Desenvolvimento.
O ministro das Finanças da Tailândia, Thanong Bidaya, disse que estará em reunião hoje com banqueiros do Japão para lhes pedir que mantenham as linhas de crédito já existentes.
Colapso
Logo no início da crise, falava-se na coordenação de bancos centrais regionais para evitar o colapso da economia tailandesa.
Mais de um mês depois, foi o FMI que saiu prestigiado na função de instituição responsável pela estabilidade financeira global.
O Japão entrará com recursos, como fizeram os Estados Unidos na crise mexicana. Em dezembro de 1994, entretanto, o presidente Clinton teve de lutar contra o Congresso e sacar de um fundo especial enquanto o FMI preparava o resgate. Agora, o Japão esperou para ver no que ia dar a crise.
A idéia de coordenação puramente regional rapidamente perdeu força, em julho, pois os próprios japoneses não estavam dispostos a liderar o processo de resgate sem maiores garantias. Não havia confiança suficiente na capacidade do governo da Tailândia de fato realizar o ajuste. É, portanto, outra diferença importante com relação aos EUA e ao Nafta.

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