São Paulo, terça-feira, 12 de agosto de 1997
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Paula pára na hora certa, diz Oscar

LUÍS CURRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Oscar Schmidt, ex-cestinha da seleção brasileira, considerou correta a decisão da ala-armadora Paula de deixar a seleção brasileira.
Foi a primeira personalidade a se mostrar a favor, de forma clara e sem restrições, à decisão da atleta.
Anteontem, na final da Copa América, em São Paulo, Paula, 35, disputou, segundo ela, sua última partida oficial pela seleção.
Ela marcou 38 pontos (cestinha do jogo) e levou o Brasil à vitória por 101 a 95 sobre os EUA (que não atuaram com seu time principal). Foi o primeiro título brasileiro em três edições da Copa América.
"Já passei por isso, e ela sabe o que está fazendo", disse Oscar, que tem o recorde de pontos em Olimpíadas -1.093, em cinco disputas.
O ala deixou a seleção brasileira após os Jogos de Atlanta, no ano passado, aos 38 anos. Hoje, tem 39.
Oscar afirmou ontem, durante cerimônia de lançamento de sua nova equipe (leia texto ao lado), que o atleta tem plena consciência de quando deve parar na seleção. "Eu até sonhei com o meu momento (de parar)."
Mas um ex-companheiro de Oscar na seleção masculina, hoje técnico, pensa de modo diferente.
Marcel de Souza, 40, acha que Paula voltará a defender o Brasil. "Ela vai ver a seleção jogar e vai falar: o que custa disputar mais um Mundialzinho?", disse Marcel.
Ele, que parou de jogar há cinco anos, se toma como exemplo de comparação. "Parei porque tentava fazer coisas em quadra e não conseguia mais. Não é o caso dela, que está dominando o jogo."

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