São Paulo, quarta-feira, 13 de agosto de 1997![]() |
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Procurador nega ser do PT e desafia Pitta Andrade Neto não é isento, diz prefeito OTÁVIO DIAS
"Esse procurador não tem isenção política. Era assessor do PT", disse Pitta. "Sua iniciativa vem viciada pelo fato de ele estar vinculado a um partido de oposição." Andrade Neto confirmou ter sido assessor do PT, mas disse não possuir vínculos com o partido: "Prestei assessoria na área jurídica. Mas não participava de reuniões de caráter político". Desde 96, ele é coordenador do setor da Procuradoria Geral de Justiça que investiga crimes praticados por prefeitos paulistas. Na semana passada, Andrade Neto requisitou à Polícia Civil que investigasse se Pitta praticou crime nas negociações de compra e venda de títulos da prefeitura. "Se é essa a defesa que o prefeito pretende fazer, isso vem revelar que os fatos elencados na requisição guardam séria consistência", disse. Em entrevista à Folha no último domingo, Maluf já havia questionado a imparcialidade do Ministério Público paulista. O ex-prefeito acusou o procurador-geral de Justiça, Luiz Antonio Marrey, de estar a serviço do governador Mário Covas numa campanha para prejudicá-lo eleitoralmente em 98. Procurado pelo jornal, Marrey rebateu as acusações: "Quando ele parte para esse tipo de ataque, em vez de dar explicações convincentes, parece que não tem como explicar seus atos". "O Ministério Público é independente, profissional e não vai se intimidar. Pouco importa que haja gritos, desabafos ou até mesmo colocações que beiram a calúnia", afirmou. Hoje, a pedido do promotor Carlos da Matta, da equipe de Andrade Neto, a Polícia Civil deve abrir inquérito para apurar se houve prática de crime na compra de frango pela prefeitura paulistana durante a gestão Maluf. Texto Anterior: Canja malufista Próximo Texto: Depoimento de hoje é dúvida Índice |
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