São Paulo, quarta-feira, 13 de agosto de 1997![]() |
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Palmeiras espalha gritaria e incomoda Jogadores assumem aos berros comando do time RODRIGO BERTOLOTTO
Ontem, a equipe treinou no estádio Parque Antarctica, ao lado do clube, se preparando para a partida de hoje, contra o Inter-RS, às 21h30, em Porto Alegre (RS). Alguns sócios se queixam da gritaria e dos palavrões durante o treinamento dos novos frequentadores do clube -os jogadores costumam praticar no Centro de Treinamento, na Barra Funda. "Ouvi umas atrocidades daqui. Esses jogadores não têm o mínimo requinte", afirma a professora Iná Rodrigues, 51, sócia do clube há 40 anos, que frequenta a arquibancada para tomar sol e correr. Um grupo de 20 safenados (homens operados por problemas cardíacos) faziam exercícios sem prestar atenção aos jogadores. "Treino é palhaçada. Esses caras não fazem nada sério", diz o alfaiate Roldão de Souza Filho, 66. As tribunas do estádio são utilizadas pelos associados do clube para correr e tomar sol, já que a piscina do clube está fechada e há uma pista de corrida por lá. Luiz Felipe tem implantado seu estilo de jogo aos berros e palavrões no Palmeiras. Exemplos de ontem: "Amaral, não fica na mesma linha, c..." ou "Vem buscar a bola, Oséas, p...". Alguns jogadores do time já assimilaram isso. O zagueiro Cléber, por exemplo, é quem grita as orientações na defesa. O meia defensivo Amaral é o responsável por ordenar aos companheiros para que voltem para marcar depois de um ataque perdido. "Durante os jogos, a voz do técnico não basta. Por isso, nós temos de gritar com o time", diz o meia Zinho, um dos líderes do time. O estranho é que, semanas atrás, o mesmo Scolari sugeriu um clima mais família e relaxado para os treinamento, com os jogadores trazendo filhos e esposas. NA TV - Globo e Bandeirantes, ao vivo, menos para o Rio e Porto Alegre, às 21h30 Texto Anterior: Em Criciúma Próximo Texto: Em Belo Horizonte Índice |
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