São Paulo, quinta-feira, 14 de agosto de 1997
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Juiz vê motivo para anulação

DA ENVIADA A PEDRO CANÁRIO

O juiz Sebastião Mattos Mozine disse ontem que o primeiro julgamento de José Rainha Jr. poderia ter sido anulado por causa dos indícios revelados pela Folha sobre ligações entre uma das juradas e a família de um dos mortos.
Mozine também afirmou que não se intimida com as informações de que uma caravana de sem-terra, artistas e políticos irá a Pedro Canário acompanhar o julgamento de Rainha, em setembro.
"Só vou conversar com os dirigentes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) para que eles não entrem aqui com foices nem enxadas."
Um dos assistentes da acusação, Marco Antônio Gomes, pediu ao juiz a decretação da prisão preventiva de Rainha por incitação ao crime (devido a novas ameaças de ocupações de fazendas) e coação de jurados e testemunhas (por causa da organização de uma caravana para o julgamento).
O pedido foi encaminhado à promotora Sueli Lima e Silva. Depois, será analisado pelo juiz.
A promotora foi transferida para a cidade há pouco mais de um mês e disse que ainda não tem convicção formada sobre o caso.
O advogado Marco Antônio Gomes afirmou que em Pedro Canário não há segurança suficiente para o julgamento e que se sentiu pressionado pelos sem-terra que acamparam na frente do fórum no primeiro julgamento.
Gomes disse que a família do fazendeiro José Machado Neto tem recebido ameaças anônimas.

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