São Paulo, quinta-feira, 14 de agosto de 1997
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Juíza chorou ao condenar jovens em 94

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Sandra de Santis Mello, 50, é a mesma juíza que condenou cinco jovens pela morte do estudante Marco Antônio Velasco, em 1994.
No momento em que proferiu a sentença de condenação dos cinco integrantes de uma gangue, pela morte de Marco Antônio, 16, ela chorou. Depois, disse que ter se emocionado porque sentiu pena das mães dos condenados.
Uma delas havia lhe pedido clemência, e outra, justiça. Dos cinco condenados, dois ainda permanecem presos em regime fechado. Tanto esse crime quanto a morte do índio pataxó comoveram a população de Brasília e tiveram repercussão nacional.
Ela é casada com o ministro Marco Aurélio de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal) e tem quatro filhos. A mais velha, Letícia, 21, concluirá neste ano curso de direito.
Marco Aurélio é considerado o mais controvertido ministro do STF, porque é autor de decisões polêmicas como a absolvição de um encanador de Minas Gerais acusado de estupro por ter mantido relações sexuais com uma menor.
Discreta, Sandra Mello não costuma dar entrevistas. Procurada pela reportagem da Folha, ela afirmou que não comentaria a própria decisão.
Ela ingressou na carreira de juíza há 12 anos. Preside o Tribunal do Júri de Brasília desde 1994. Antes, foi presidente do Tribunal do Júri de Taguatinga, cidade-satélite do Distrito Federal.

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