São Paulo, sexta-feira, 15 de agosto de 1997
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Palavrão barra Palmeiras na piscina

RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois da derrota para o Inter-RS, os palmeirenses tiveram novo desgosto ontem: foram barrados na piscina do clube.
O motivo foram as reclamações dos sócios, e a decisão foi da diretoria do Palmeiras.
Os modos do técnico Luiz Felipe Scolari e de seus jogadores não são bem vistos no clube. Os sócios se queixam dos palavrões durante os treinamentos.
Os 11 titulares, enrolados em toalhas e de sunga, esperaram por mais de 15 minutos pela liberação da piscina, mas uma comunicação por walkie-talkie proibiu o acesso.
O impedimento inclui também o campo do estádio Parque Antarctica, onde, nas tribunas, os sócios se exercitam e tomam e sol.
"Sem xingar, não consigo trabalhar", argumenta Luiz Felipe, que insere algumas grosserias nas instruções a seus subordinados.
Sob coordenação de outros técnicos, o time costumava utilizar as piscinas do Projeto Acqua nos dias posteriores aos jogos. Esse tipo de treinamento ajuda a recuperação física dos jogadores.
As piscinas cobertas e aquecidas do Parque Antarctica foram abertas há poucos meses e são o orgulho da administração do presidente Mustafá Contursi.
'Por favor, senhor Amaral'
O técnico se irritou com as reclamações dos sócios, já que planejava usar com maior frequência o Parque Antarctica, deixando de lado o Centro de Treinamento.
"Tem jogador que não conhece nosso estádio. Precisavam praticar ali para se habituarem."
O treino de hoje, que antecede o encontro de domingo contra o Cruzeiro, estava marcado por Luiz Felipe para acontecer no Parque Antarctica, mas foi transferido pela diretoria para o CT.
"Como eles querem que eu fale: 'Por favor, senhor Amaral, se mexa mais?'. Não dá. Eu digo: 'Amaral, mexe essa bunda daí!"'
O Palmeiras contratou ontem o zagueiro André, 18, que era titular no Guarani, de Bagé (RS). Segundo Luiz Felipe, ele treinará com o time principal, mas integrará o time júnior até pelo menos 1998.

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