São Paulo, sexta-feira, 15 de agosto de 1997
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Misterioso, Autuori repete gestos do início do ano

FÁBIO VICTOR
DO ENVIADO A BELO HORIZONTE

Paulo Autuori deixou o Cruzeiro em circunstâncias "misteriosas", semelhantes às de quando saiu do Benfica (Portugal), em janeiro.
Embora já não fosse novidade que o principal motivo de sua transferência para o Flamengo foram as divergências com o diretor de futebol do clube, José Moraes (reveladas de forma velada pelo próprio técnico), Autuori não cumpriu a promessa de "dar nome aos bois" ao final do jogo.
Quando deixou o Benfica, logo após o time ser derrotado para o Porto e ver suas chances de disputar o título português reduzidas, Autuori não anunciou os motivos.
Resumiu-se a afirmar: "Hipocrisia e inveja são coisas que não admito em meu grupo".
Seguindo a tendência, as entrevistas após o jogo de anteontem foram permeadas por frases de muito efeito e pouco esclarecimento.
"Prefiro por vezes me prejudicar do que prejudicar outras pessoas", disse, sem citar nomes.
Em certo momento, puxou um recorte de jornal do bolso e, afirmando que ali estariam condensados os motivos de sua saída, leu frase do sociólogo Betinho sobre o "possível e a mediocridade".
(FV)

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