São Paulo, sábado, 16 de agosto de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Carro blindado salva vida de empresária
OTÁVIO CABRAL
Os ladrões fugiram sem levar nada. Margareth nada sofreu, mas foi levada ao hospital com uma crise nervosa. O caso aconteceu por volta das 17h de anteontem, na avenida Giovanni Gronchi, próximo ao shopping center Jardim Sul, no Morumbi (zona sudoeste de SP). Margareth é mulher de Eduardo Lins, diretor de captação do banco Excel-Econômico. Ao parar em um farol, dois ladrões armados chegaram ao lado do carro e ordenaram que a empresária descesse. Margareth, que estava com todos os vidros do carro fechados, demorou a responder. Irritado, um dos assaltantes descarregou seu revólver de calibre 357 na direção da empresária. Após a tentativa de assalto, Margareth não procurou a polícia para registrar queixa. Ela também não quis dar entrevistas. Procurada em sua casa, ela alegou estar muito nervosa com o assalto. Seu marido também não quis dar declarações, segundo a assessoria de imprensa do banco. Mesmo sem queixa, o delegado Rubens Holtz, titular do 89º DP (Portal do Morumbi), decidiu abrir um inquérito para investigar o caso. "Isso não depende da vontade da vítima. Houve um crime que precisa ser apurado pela polícia", afirmou Holtz. O delegado pretende ouvir a empresária no início da próxima semana. Ele disse ter entrado em contato ontem com Eduardo Lins. "Ele afirmou que sua mulher está sob efeito de calmantes e não tinha condições de depor." Holtz disse que Margareth estava sozinha no carro, voltando do trabalho para sua casa, no Morumbi. Blindagem A blindagem de um Omega como o de Margareth custa cerca de R$ 40 mil, segundo José Carlos Carvalho, gerente de vendas da indústria Armor, onde a empresária equipou seu carro. A frota de blindados em São Paulo é de cerca de 1.800 carros. A cada mês, pelo menos outros 70 carros são blindados na cidade. As duas empresas que fazem blindagem em São Paulo, a Armor e a O'Gara-Hess & Eisenhardt, afirmam receber todo mês cerca de cinco carros blindados para trocar peças atingidas por tiros. A blindagem do carro de Margareth é a de nível 3, em uma escala de 1 a 6. Esse nível, o mais comum em São Paulo, resiste a tiros de revólver, pistola, metralhadora e espingarda. Texto Anterior: Estudante é morta em racha no PR Próximo Texto: Tudo sobre blindagem de veículos Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |