São Paulo, sábado, 16 de agosto de 1997
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Japão marca reunião com norte-coreanos

DO "THE INDEPENDENT"; COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Japão anunciou que vai se reunir com representantes da Coréia do Norte para tentar estabelecer relações diplomáticas entre os dois países. A reunião acontecerá na embaixada japonesa em Pequim na próxima quinta-feira e é mais uma etapa do esforço internacional para diminuir o isolamento da Coréia do Norte, um dos últimos regimes comunistas do mundo.
O anúncio, ontem, coincidiu com o aniversário da rendição japonesa na Segunda Guerra Mundial. A vitória dos Aliados sobre o Japão pôs fim ao domínio colonial japonês sobre a Coréia, mas abriu caminho para a divisão deste país, que dura até hoje.
Em 1992, a Coréia do Norte interrompeu as negociações com os japoneses. O rompimento foi uma resposta à acusação japonesa de que os norte-coreanos teriam sequestrado dissidentes no Japão e os levado à força para a Coréia do Norte.
Até 1992 o Japão enviava comida ao Norte -organismos internacionais dizem que os norte-coreanos sofrem de subnutrição em massa. Como parte do processo de reaproximação, a Coréia do Norte agora diz que está estudando a possibilidade de permitir que 1.800 japonesas que moram no país visitem o Japão.
Em Nova York, na semana passada, as duas Coréias, os EUA e a China discutiram a agenda das conversações de paz Norte-Sul.
Fim da guerra
Os 52 anos da rendição japonesa na Segunda Guerra foram lembrados ontem em uma cerimônia oficial, da qual participou o imperador Akihito. A cerimônia costuma ser acompanhada com atenção todos os anos por diplomatas de outros países asiáticos, que esperam um pedido de desculpas formal pela ocupação.
Em vez disso, o premiê Ryutaro Hashimoto disse que "a guerra ocasionou grandes sofrimentos e dores ao povo do Japão e de outros países, particularmente os da Ásia. Quero enfrentar esses fatos com humildade e expressar meu profundo remorso e minha pena pela morte das vítimas".
Ultranacionalistas fizeram outra cerimônia, no santuário xintoísta (religião originada no Japão) de Yasukuni, perto de Tóquio. Eles exigiram que o governo nomeie o templo monumento nacional.
Em Yasukuni eles honram os combatentes mortos, até mesmo criminosos de guerra. A Coréia, a China e outros países condenam a peregrinação anual ao templo.
Nas Filipinas, mulheres prostituídas pelos japoneses na guerra exigiram indenização do Japão.

Com agências internacionais

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