São Paulo, domingo, 17 de agosto de 1997 |
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Exilados treinam para ofuscar olímpicos
JOSÉ ALAN DIAS
Um acordo entre a AVP (Associação dos Jogadores Profissionais) e a FIVB (Federação Internacional de Vôlei), há duas semanas, permitiu que as duplas que jogam nos EUA disputem as competições promovidas pela federação. Isso abrange Olimpíada e Mundiais. Jogando o circuito profissional norte-americano desde 1993, o que os afastou dos Jogos de Atlanta-96, Anjinho e Loyola, agora "livres", são pré-candidatos ao pódio três anos antes de os Jogos de Sydney-2000 começarem. E apresentam o currículo. A dupla Steffes/Loyola já amealhou US$ 311 mil nesta temporada. Numa única competição, Loyola arrebatou US$ 78 mil. Anjinho, 26, que teve problemas no joelho no início do ano, conseguiu um terceiro e quinto lugares nas cinco etapas após sua volta, ao lado do canadense Brian Gatzke. "O que eu mais queria era defender o Brasil. Só não ganhei medalha porque não tive chance. Com aquelas duplas que estavam lá (nos Jogos), eu teria ganho ", diz Loyola, apelidado de "king of the beach" e favorito ao título de melhor do ano, a ser escolhido na última etapa, em Orlando. Na condição de convidados -privilégio concedido apenas aos norte-americanos Sinjin Smith e Henkel-, os brasileiros podem ratificar as expectativas no Mundial, que acontece de 10 a 13 de setembro, nas quadras montadas no complexo tenístico da Universidade da Califórnia. O evento será o primeiro a reunir oito times dos EUA que jogam na AVP, mais as duplas que disputam o circuito da federação. Entre as outras duplas que disputam o evento estão Guilherme/Pará, Zé Marco/Emanuel e Franco/Roberto Lopes, os quatro últimos os representantes brasileiros em Atlanta-96. "A gente mora perto (na Califórnia) e e só ter um tempinho para treinar que dá para jogar numa boa", diz Anjinho. Eles jogaram juntos por dois anos e meio, mas um problema nas costas deixou Anjinho inativo por alguns meses, e Loyola passou jogar com Adam Johnson. Recuperado, Anjinho passou a jogar com parceiros como Randy Stocklos. "É comum isso aqui. É tudo muito profissional." A possibilidade de vir a disputar a preferência nacional com os olímpicos Tande e Giovane parece não causar temor na dupla. "Pô, eu jogo ao lado de um campeão olímpico (Steffes, ouro em Atlanta-96, na praia). E daí que eles são campeões olímpicos? Eu quero ganhar a medalha pelo meu país, para que as pessoas me reconheçam. Aqui eu sou famoso. Mas aí, eu nunca tive um aperto de mão de ninguém", afirma Loyola. Texto Anterior: Biografia consagra o pacato que a bola ainda faz fervilhar Próximo Texto: CRONOLOGIA Índice |
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